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TIME FOR T LANÇAM VIDEOCLIP “SCREENSHOT”
“Screenshot” é o segundo single a abrir caminho para o álbum Galavanting do grupo Time for T a ser editado no próximo dia 4 de Outubro.
O tema foi lançado pela Street Mission Records, uma nova parceria feita entre a banda e a editora que começou em Londres, mas agora baseia-se em Lisboa e conta com outros artistas nacionais como Marinho e Niki Moss.
O single tem tido uma excelente recepção, já conta com mais de 30 mil plays no Spotify e quando foi tocado no passado sábado no Festival Vodafone Paredes de Coura, foi cantado por grande parte do público.
A ideia para o vídeo surgiu após Tiago Saga e o amigo e grande realizador Rui Major começarem a desembrulhar ideias. Decidiram levar o título do tema literalmente para o vídeoclipe, tentando capturar um screenshot de várias vidas e personalidades diferentes, como numa representação de um espaço-tempo único, transversal à realidade contemporânea da nossa sociedade.
A intenção foi unir as pessoas todas pelo uso, quase ridículo, do telemóvel. Um objecto que tem invadido as nossas vidas gradualmente nos últimos anos, sendo quase uma extensão física e espiritual da nossa pessoa. A realidade é que fazemos tudo com o telefone na mão e por isso quiseram abordar estes contextos de uma forma amplificada, surrealista e absurda, com o objectivo de atribuir um tom satírico, que é cómico numa primeira observação, mas chocante quando consciencializamos que é bastante real. Curiosamente, ao longo do processo de definir e produzir novas situações a filmar, consoante abordávamos as pessoas com a proposta, muitas vezes elas próprias se reviam na situação, e consciencializavam o absurdo da mesma. Inicialmente o filme seria todo construído apenas com retratos de pessoas ao telemóvel, em ritmo lento. No entanto, em narrativa paralela, decidimos construir uma acção que retratasse as questões consequentes a estas utilizações dos smart phones. A mensagem pertinente a partilhar é a alienação que os telemóveis pode criar entre as pessoas, um paralelo à moralidade de "Smart Phones, Stupid People".
É aí que surge o lip-sync e performance do Tiago Saga, sempre com o telemóvel na mão, a deambular num cenário inóspito, numa coreografia contemporânea que o leva a caminho de lado nenhum, em que o cansaço, o desequilíbrio, o sofrimento, a exaustão, a dor e o desespero nada importam desde que o telemóvel esteja com ele (até quando cai fica com ele na mão), quase numa referência à “última gota de água no deserto”.
Nesse sentido, a câmara também foi coreografada com essa inquietude, sendo desequilibrada, ansiosa, entre focos e desfoques, numa procura de algo que não é concreto e definido.
Para a cinematografia, a abordagem a preto e branco surgiu como um proposta estética que o Rui Major queria explorar na sua obra há algum tempo. Vimos neste filme a oportunidade certa, uma vez que embora seja um retrato da realidade dos nossos tempos presentes, o preto e branco confere-lhe um tom intemporal. Desprovido da cor não o enquadramos numa estética ou era, o que facilmente definiria um estilo e um tempo na história associado, deixando o contexto narrativo dos personagens e telemóveis a única referência à época. Sem os ruídos da cor, a abordagem cinematográfica em enquadramentos de retrato, com pequenos e discretos zoom-in, surgiu pela permissa do vortex onde entramos quando concentrados no telefone, em que nos isolamos de tudo à volta e o tempo passa a ser lento e/ou indefinido.
SOBRE O SINGLE “SCREENSHOT”
Com a guitarra acústica discreta, o baixo e a bateria a segurar o groove com facilidade e as guitarras eléctricas líquidas, tudo isto forma a cama perfeita para a voz se deitar confortavelmente em cima em “Screenshot”. Faz lembrar “Dreams” de Fleetwood Mac mas com um twist mais moderno. Afinal, esta canção é uma analogia que utiliza o telemóvel como ferramenta para avaliar a vida. "If I screenshot my life right now, would it be worth the backup on the icloud?" Estamos a viver uma vida digna de salvar para as memórias do futuro ou estamos cada vez mais preguiçosos com toda esta tecnologia a nossa volta?
“Esta foi a última canção a ser gravada para o disco e foi a única canção que construímos de cima pra baixo, ou seja, normalmente gravamos a bateria e o baixo e depois vamos adicionando vozes e guitarras mas, neste caso, como a canção era fresquinha, começámos com voz e guitarra e só depois fomos adicionando os instrumentos. Acho que este processo influenciou muito o som, que acabou por ficar mais calculado e simples. Tudo foi gravado numa casa de campo perto de Madrid menos as baterias, que foram gravadas mais tarde no Estúdio Camaleão em Lisboa.”
SOBRE O DISCO GALAVANTING
Este 2º álbum Galavanting resultou de um acidente feliz quando começaram a registar demos numa viagem ao Algarve. A partir daí, as novas canções cresceram em Brighton (origem da banda) mas foram trabalhadas entre Lisboa, Madrid e o Algarve (as novas bases).
Tiago Saga, vocalista da banda, revela: "Gostámos tanto do processo de gravar em diferentes locais e absorver as influências de cada sítio que decidimos fazer o álbum assim. Por exemplo, a bateria foi captada num estúdio, as guitarras numa caravana de madeira no meio do campo algarvio e as vozes foram gravadas numa casa de campo, perto de Madrid. Os pianos foram gravados em Amesterdão e as flautas em San Diego". Tal como a banda — membros de Portugal, Inglaterra, Espanha e Brasil — este disco foi um verdadeiro esforço global.
TOUR
24 Agosto/ Vilapalco/ Monchique (solo)
08 Setembro/ Molinos/ Consuegra (duo)
14 Setembro/ Suave Fest/ Guimaraes (solo)
12 Outubro/ Os Artistas/ Lagos
16 Outubro/ Sala X/ Sevilha
17 Outubro/ Fun House/ Madrid
24 Outubro/ Festival Verao Azul/ Faro (solo)
25 Outubro/ Plano B/ Porto
26 Outubro/ Cambra Fest/ Vale de Cambra
BIOGRAFIA
De surpresa somos levados por Time For T a uma expedição pelos lugares mais tropicais e transparentes do planeta. Onde os instrumentos se entregam à multiculturalidade das melodias tórridas e os corpos ao perpendicular dos ritmos acesos. Desprovido de preconceitos, Time for T debruça-se no cruzamento de influências que tacteiam a tropicália, o folk rock, o blues tuareg e o soul. É um cardápio sonoro eclético que se abre em leveza aos hemisférios e meridianos, trazendo as praias, as florestas e os desertos à humanidade. Uma viagem imperdível à incandescência da música livre.
Ao projecto que começou em Brighton com o cantautor Tiago Saga, juntaram-se Joshua Taylor, Felipe Bastos e Juan Toran. Depois de três EPs lançados, Setembro de 2017 trouxe consigo o primeiro longa-duração de Time for T, Hoping Something Anything, que já conseguiu tirar os pés do chão em diversos festivais nacionais e internacionais como Green Man, NOS Alive, Super Bock Super Rock e o Secret Garden Party. O álbum foi apresentado na BBC Radio 1 e 6 (Reino Unido), na Antena 3 (Portugal) e Deutschland Radio Kultur (Alemanha). Um dos seus singles "Rescue Plane" atingiu o primeiro lugar no Spotify UK Viral Charts. De momento, estão a finalizar o segundo longa-duração entre Madrid e Lisboa para ser lançado ainda este ano.
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