Notícias
Sophia e Jorge de Sena celebrados na Cinemateca
Dois ciclos, mais de vinte filmes a partir de setembro na Cinemateca para homenagear o centenário de nascimento de Jorge de Sena e de Sophia de Mello Breyner Andresen.
A Cinemateca Portuguesa exibirá em setembro mais de vinte filmes, entre os quais Correspondências, de Rita Azevedo Gomes, para assinalar o centenário do nascimento da poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen e do escritor Jorge de Sena.
Este ano “a celebração do centenário do nascimento dos dois poetas não ficaria completa sem uma justa referência à atenção que Jorge de Sena e Sophia dedicaram ao cinema”, afirma a Cinemateca em comunicado.
Assim, em setembro acolherá dois ciclos, com um total de 27 filmes, “assinalando a relação por eles mantida com o cinema internacional, e a sua presença, ou alguns dos seus ecos, no cinema português, cinema este que, aliás, em muitas das suas vertentes é carregado de um profundo poético”.
O primeiro é dedicado a Jorge de Sena que fez crítica de cinema, apresentou filmes e fez palestras sobre cinema. Segundo a Cinemateca, além do universo dos filmes sobre os quais Jorge de Sena escreveu, o ciclo inspira-se ainda numa lista de dez filmes que o escritor disse, em 1968, que levaria com ele para uma ilha deserta.
O ciclo abre a 2 de setembro com Luzes da Ribalta (1952), de Charles Chaplin, e contará ainda com, entre outros, O Crepúsculo dos Deuses (1950), de Billy Wilder, e Macbeth (1948), de Orson Welles.
Haverá ainda filmes portugueses adaptados de obras ou sobre Jorge de Sena: Sinais de fogo (1995), de Luís Filipe Rocha, e O escritor prodigioso (2005), de Joana Pontes.
O ciclo dedicado a Jorge de Sena faz a passagem para o de Sophia de Mello Breyner Andresen no dia 16, com Correspondências, de Rita Azevedo Gomes, inspirado nas cartas que os dois escritores trocaram entre 1957 e 1978.
Até ao final de setembro, o ciclo dedicado a Sophia apresenta escolhas diversas: Stromboli (1949), de Roberto Rossellini, Saraband (2003), de Ingman Bergman, O apicultor (1986), de Theo Angelopoulos, e uma curta-metragem de João César Monteiro, de 1969, titulado com o nome da escritora, e que constitui o primeiro filme concluído pelo realizador.
“A única evidência nesta escolha”, escreve a Cinemateca, é Atlântida, filme de 1932 de Georg Wilhelm Pabst, e que a própria poetisa apresentou numa sessão, em 1995, no Museu do Cinema.
in Público | 7 de agosto de 2019
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público