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Deixem falar a História de Angola: as revelações do general N’zau Puna

Miguel Maria N’Zau Puna, braço direito de Jonas Savimbi ao longo de mais de 30 anos na liderança política e militar da UNITA, traz-nos em livro as suas memórias. 

 


Numa edição da Guerra e Paz, Mal Me Querem, A História de Angola por quem a Fez, rejeita lendas e ficções, retratando, na primeira pessoa, os bastidores do doloroso parto de uma nação. Um contributo essencial para compreender os últimos 50 anos da história de Angola. «Eu vi, eu vivi.» 

«Sofri na pele por gostar da minha maneira de ser, de entender os problemas pela minha cabeça, treinada e cons­truída lá para as bandas de Cabinda, a olhar o mar e a outra terra longínqua que se chama An­gola.» Palavras de Miguel Maria N’Zau Puna, destacado dirigente da UNITA, União Nacional para a Independência Total de Angola, hoje deputado à Assembleia Nacional, integrando o grupo parlamentar do MPLA. Estas são as memórias de um homem que, após pôr no chão a espingarda, decidiu pegar na pena e contar aos vindouros a sua história de sonho e tormento, de guerra e de paz. 

No livro Mal Me Querem, o leitor vai seguir os principais passos de um dos combatentes e dirigentes, que fez a história de Angola, com uma ressalva: «Se gosta de romances de ficção, feche este livro. A ficção não entra aqui. É real e verídico. De uma forma geral, ninguém me contou os factos. Eu vi. Eu vivi». 

A guerrilha, a descolonização, a guerra civil, a aliança da UNITA com o Apartheid, as eleições de 1992, os Acordos de Alvor e Bicesse. Os bastidores da história recente da nação angolana, do terror à paz. Da Jamba a Luanda. Da Zâmbia à Tunísia, passando pela China, local onde recebeu treino militar. N’Zau Puna revela ainda as razões pelas quais rompeu a sua ligação com a UNITA. E as razões para integrar o grupo parlamentar do MPLA. 

Numa narrativa que nos deixa sem fôlego, não são poupadas descrições dos dramas, dos massacres e dos dramas de nascimento de Angola. Sem meias-palavras, N’Zau Puna fala do passado, de uma nação que pretende que prospere no futuro. 

E este livro assume-se como um documento essencial para a compreensão da história angolana das últimas cinco décadas. A obra inclui fotografias dos protagonistas e dos locais. 

Mal Me Querem chega às livrarias portuguesas no próximo dia 18 de junho. O livro pode ainda ser adquirido no site oficial da Guerra e Paz, em www.guerraepaz.pt

Sinopse 
Destacado dirigente da UNITA, N’Zau Puna é um nome incontornável da história angolana. Viveu os seus momentos essenciais e privou com as suas principais figuras, revelando-os em primeira mão. Da Jamba a Luanda, passando pela Zâmbia, Tunísia ou China, N’Zau Puna recorda personagens, vivências e peripécias: as guerras, os Acordos de Alvor ou os de Bicesse, as eleições de 1992. Estes são os bastidores da guerrilha, da aliança com o Apartheid, da paz, da rutura com a UNITA. Sem esquecer a intimidade com Savimbi, aqui apresentado por um dos seus braços direitos. Em suma, os dramas, os massacres e os sonhos de um mundo melhor – as dores de parto de uma nação. Tudo é recordado, nada é esquecido. Agora que as armas se calaram, o velho guerrilheiro poisa a espingarda e pega na pena. Lega aos vindouros um testemunho imprescindível numa prosa acutilante. Sem meias-palavras, falando para o futuro, pondo a nu uma vida que se confunde com um país. 

Biografia do autor

 
Miguel Maria N’Zau Puna nasceu em 1932, em Cabinda. Perseguido pelo colonialismo, exilou-se no Congo-Léopoldville, em 1961, e aderiu à UPA. Passou os anos seguintes a estudar, como bolseiro, na Escola de Agricultura de Moghrane, Tunísia, e na Escola Superior de Cooperação, tendo recebido treino militar na China. Combateu de armas na mão e desde o primeiro momento, pela independência de Angola, nas fileiras da UNITA. Foi seu secretário-geral, comissário político geral das FALA e comandante militar. Esteve presente nos acordos entre o MPLA e a UNITA de 1974, chefiou a delegação da UNITA na tomada de posse do Governo de Transição e participou nos Acordos de Bicesse. Em 1992, abandonou a UNITA e fundou a TRD. Mais tarde, tornou-se embaixador no Canadá e general de três estrelas. Recentemente, fez parte da comitiva que elegeu Angola para membro não¬-permanente do Conselho de Segurança da ONU.

Não-Ficção / Memórias e Testemunhos
256 páginas · 15x23 · 15,50€
Guerra e Paz, Editores

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