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Michel Vaillant encontra-se com Blake & Mortimer no Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja

Mais de 30 autores de dez países vão expor as suas histórias em imagens. Lançamentos, um mercado do livro, apresentações e conversas são algumas das iniciativas previstas até 16 de junho.

A série Michel Vaillant está agora nas mãos dos criadores Denis Lapière, Benjamin Benéteau e Marc Bourgne DR


Mais de 30 autores de dez países, como os desenhadores das séries Michel Vaillant e Blake & Mortimer, vão expor as suas histórias em imagens no 15.º Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, que começou esta sexta-feira.

Até 16 de Junho, cerca de 600 pranchas criadas por 34 autores consagrados e novos talentos da nona arte vão poder ser apreciadas em 19 exposições, 14 individuais e cinco coletivas, espalhadas por quatro espaços de Beja.

“Autores populares, alternativos, cómicos, introspetivos, amantes de super-heróis, da linha clara, da linha escura, todos cabem no festival”, que visa “divulgar um pouco de todos os formatos, géneros e estilos de BD”, disse o diretor do evento, Paulo Monteiro.

Este ano, o festival, organizado pela Câmara de Beja, vai mostrar obras de autores oriundos de países como Bélgica, Brasil, Colômbia, Espanha, Estados Unidos da América, França, Holanda, Inglaterra, Itália e Portugal, precisou Paulo Monteiro, que também é autor de BD. Segundo o responsável, a maior parte das exposições (16) vai estar patente na Casa da Cultura, centro do festival e sede da Bedeteca de Beja, e as restantes três vão poder ser apreciadas no Centro UNESCO, no Museu Regional e na Galeria da Rua dos Infantes.

O festival também vai contar com a participação de outros autores que não vão expor, mas são convidados para iniciativas, como José Ruy, o “mestre” da BD portuguesa, e o espanhol Enrique Sánchez Abulí, autor de Torpedo, a obra de BD espanhola “mais traduzida e lida em todo o mundo”.

Alguns autores que vão expor nesta exposição do festival chegam a Beja “precedidos pelo sucesso das personagens de BD a que agora dão corpo”, como o belga Denis Lapière e os franceses Benjamin Benéteau e Marc Bourgne, os atuais criadores da série Michel Vaillant, o holandês Peter van Dongen, o novo desenhador da série Blake & Mortimer, e o italiano Enrico Faccini, “um dos mais talentosos desenhadores da Disney”, frisou.

Entre os autores que vão expor este ano, nota Paulo Monteiro, há “muitos representantes das novas correntes da BD mundial”, como o brasileiro Alcimar Frazão, o francês David Sala, o inglês Paul Duffield e o norte-americano Tyler Crook, que vão expor individualmente, e a dupla de espanhóis Altarriba e Kim, que têm uma obra conjunta “fantástica” e vão expor a coletiva A Arte de Voar.

Dos autores “mais alternativos”, Paulo Monteiro destacou o brasileiro Fabio Zimbres, “uma referência” na BD do Brasil, e o espanhol Miguel Ángel Martín, que vão expor individualmente. “Como não podia deixar de ser”, uma “boa parte” das exposições deste ano “é constituída por obras de autores portugueses”, como Luís Cruz Guerreiro, Mosi, Nuno Duarte, Pedro Serpa, Rita Alfaiate e Véte, frisou.

Das exposições individuais de autores portugueses, no ano das celebrações dos 100 anos do nascimento de Eduardo Teixeira Coelho (1919-2005), Paulo Monteiro destacou a mostra de originais deste que considerou o “mais importante autor da história da BD portuguesa”. Das exposições individuais de autores estrangeiros, Paulo Monteiro sublinha um “histórico da BD mundial”, o belga Dany, o autor da série Olivier Rameau.

Além das exposições, o festival vai incluir, nas arcadas exteriores da Casa da Cultura, o Mercado do Livro, com mais de 60 editores representados e várias lojas para venda de arte original, serigrafias e publicações, e Tasquinhas da BD com comes e bebes.

O festival também vai ter uma programação com várias iniciativas, como lançamentos e apresentações de livros, revistas e projetos, sessões de autógrafos, conversas com autores, editores, jornalistas, críticos e amantes de BD e “concertos desenhados”.

Para sábado está prevista a entrega do Prémio Geraldes Lino 2019, criado pela Bedeteca de Beja, a Patrícia Guimarães, uma das 12 autoras representadas na coletiva Nódoa Negra.


por Lusa e Público | 30 de maio de 2019
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público  

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