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Pedro Jóia celebra a herança da guitarra ibérica: a portuguesa e a flamenca

O Quarteto Arabesco e José Salgueiro acompanham o músico esta sexta-feira no Centro Cultural de Belém, em mais um concerto do ciclo Há Fado no Cais.

Pedro Jóia e a sua guitarra (nos Jerónimos, em 2017) Nuno Ferreira Santos


Guitarra, quarteto de cordas, percussões: Pedro Jóia preparou para o ciclo Há Fado no Cais do Centro Cultural de Belém (CCB) um espetáculo totalmente instrumental em que cruzará sonoridades que têm habitado o seu repertório, adicionando-lhes alguns temas do seu próximo disco, inteiramente dedicado à obra de José Afonso. No espetáculo, que se realiza esta sexta-feira no Grande Auditório do CCB, em Lisboa, às 21h, participam o percussionista José Salgueiro, com quem Pedro Jóia trabalhou os temas, e o Quarteto Arabesco: Denys Stetsenko (violino), Raquel Cravino (violino), Lúcio Studer (violeta) e Ana Raquel Pinheiro (violoncelo).

O convite partiu do Museu do Fado, que organiza o ciclo em parceria com o CCB, mas a conceção do espetáculo é inteiramente do músico: “Basicamente é a herança da guitarra ibérica que aqui se celebra, não só a portuguesa como a flamenca”, diz Pedro Jóia ao PÚBLICO. “Vou tocar peças solo e algumas coisas do Zeca também, porque estou a preparar um disco com músicas de José Afonso que deverá sair no Outono e tem um concerto de apresentação em junho, em Coimbra [na antiga Igreja do Convento de São Francisco, dia 21, às 21h30]. Tocarei ainda temas do Armandinho, a solo, e [junto com os restantes músicos] tocaremos peças de um repertório comum que vai de Carlos Gardel a Paco de Lucía.”

Este é um regresso de Pedro Jóia ao CCB, depois de ter esgotado o Pequeno Auditório em 2015. Guitarrista e compositor, envolvido em diversos projetos (acompanha Mariza desde 2012, tocou com Ney Matogrosso em vários espetáculos, integra os Resistência e tem o seu próprio trio, com João Frade e Norton Daiello), já gravou seis discos: Guadiano (1996), Sueste (1999), Variações sobre Carlos Paredes (2001), Jacarandá (2003), À espera de Armandinho (2007), Pedro Jóia ao vivo com a Orquestra de Câmara Meridional (2015) e Vendaval, este assinado pelo Pedro Jóia Trio (2017). Paco de Lucía é a sua grande inspiração.

O espetáculo de Pedro Jóia tem lugar num fim-de-semana lisboeta de grande oferta musical. Além do seu concerto, e no mesmo dia (tudo às 21h30), o Coliseu dos Recreios recebe Buika, que está a preparar um novo disco e se apresenta com uma banda só com mulheres; o Teatro Ibérico terá Susana Travassos; e o Capitólio recebe os Monda, ambos para apresentarem os seus novos discos, respetivamente Pássaro Palavra e Cal. No sábado, dia 1, Ricardo Ribeiro apresenta ao vivo o seu disco com João Paulo Esteves da Silva e Jarrod Cagwin, Respeitosa Mente (21h); o cabo-verdiano Mirri Lobo estreia o recente Salgadim no Lisboa Ao Vivo (22h), e o Capitólio terá, sábado e domingo, a Festa do Jazz, promovida pela Sons da Lusofonia. 


por Nuno Pacheco in Público | 30 de maio de 2019
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público 

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