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Município de Oeiras é parceiro na defesa do Mirandês
Em defesa das línguas minoritárias, nomeadamente da Mirandesa e tendo a Unesco definido 2019 como o Ano Internacional das Línguas Indígenas, um grupo de professoras da Escola Secundária Quinta do Marquês planearam a realização de ações para sensibilização dos seus alunos sobre este assunto.
Este grupo de professoras solicitou uma parceria entre a Câmara Municipal de Oeiras e a Câmara Municipal de Miranda do Douro, durante o decorrer do projeto, nomeadamente nas ações a realizar, como a aquisição de livros, na Conferência Majorar as Línguas Minoritárias.
Deste modo, o Executivo Municipal de Oeiras decidiu disponibilizar uma comparticipação financeira à Escola Secundária Quinta do Marquês, no valor de 332,95€, para Aquisição de livros e apoio à referida Conferência, na qual Mia Couto será um dos oradores convidados.
O escritor Mia Couto, cuja obra, estudo do programa de português, representa uma riqueza inigualável e tem aspetos linguísticos que lhe são tão característicos, quer na perspetiva de variação geográfica do português, quer na forma singular como o escritor recria magicamente a língua.
Para a Conferência será também convidado João Afonso, sobrinho de Zeca Afonso, que através da poesia e musicalidade oferece riqueza cultural e intelectual de um povo. Em 2014, lançou-se aos poemas de Mia Couto e José Eduardo Agualusa e o resultado foi um disco de sonoridades quentes e palavras profundas, Sangue Bom.
Refira-se que a Escola Secundária Quinta do Marquês Dado é uma Escola UNESCO, competindo-lhe desenvolver iniciativas e métodos de ensino inovadores, numa perspetiva interdisciplinar, de respeito pela diversidade e num contexto de uma cidadania participativa e ativa. Para tal, foram selecionadas duas turmas para integrarem o projeto a desenvolver, uma turma de 8.º ano de escolaridade e outra do 10.º ano de área de Humanidades.
De acordo com os princípios da UNESCO, considera-se que uma língua está ameaçada de extinção quando os seus falantes deixam de a utilizar, quando é utilizada num número cada vez menor de domínios da comunicação, e quando deixa de ser transmitida de uma geração para a outra. Isto significa que deixa de haver novos falantes, adultos ou crianças (UNESCO,2003).