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World Press Photo 2019: esta é a fotografia do ano

John Moore é o grande vencedor deste ano do maior concurso de fotojornalismo do mundo. Português Mário Cruz ficou em 3.º lugar na categoria de ambiente.

"Crying Girl on the Border" (Menina a chorar na fronteira) Foto John Moore "Living Among What's Left Behind" é o título da imagem de Mário Cruz, fotojornalista da agência Lusa, que ficou em terceiro lugar. Foto Mário Cruz Uma das fotos de "Síria, Sem Saída", que ganhou o segundo prémio na categoria "Spot News - Stories". Mostra as vítimas do ataque com gás na aldeia de al-Shifunieh, em Ghouta. Foto  EPA/Mohammed Badra Outra foto da série "Síria, Sem Saída". Foto EPA/Mohammed Badra Mais uma foto de "Síria, Sem Saída". Foto EPA/Mohammed Badra


O rosto de Yanela Sanchez, a criança que chora na fronteira dos EUA, é aquele que marca a fotografia vencedora do World Press Photo 2019, da autoria do americano John Moore. À sua frente, podemos ver a mãe a ser detida e levada sob custódia por funcionários da fronteira dos Estados Unidos da América. A obra fotográfica data de 12 de junho de 2018 e recebeu o maior galardão fotográfico mundial, que premeia as imagens mais marcantes recolhidas no ano anterior em várias categorias, sendo atribuído desde 1955.

No ano passado, em entrevista ao The Washington Post, o fotojornalista relatou o que viu na fronteira com os EUA e confessou que o que ali viu "foi doloroso".

O fotojornalista é correspondente da plataforma Getty Images e já fotografou em 65 países e seis continentes diferentes. A nomeação para este prémio não é novidade para John Moore, também já vencedor de um Pulitzer, que já esteve entre os vencedores nas edições de 2012, 2008 e 2005.

O júri da 62.ª edição avaliou 78.801 imagens captadas por 4.738 fotógrafos que concorreram ao prémio. Pode consultar aqui todos os nomeados.

Português entre os nomeados

Entre o nomeados do concurso estava o fotojornalista português Mário Cruz, na categoria Ambiente, tendo ficado em terceiro lugar. A imagem mostra uma criança que recolhe materiais recicláveis deitada num colchão, rodeado de lixo, que flutua no rio Pasig, que já foi declarado biologicamente morto na década de 1990.

"Living Among What's Left Behind" ("Viver entre o que foi deixado para trás", na tradução do inglês) é o título da imagem captada por Mário Cruz, que é fotojornalista da agência Lusa, mas desenvolveu este projeto a título pessoal sobre comunidades de Manila que vivem sem saneamento, junto ao rio, rodeadas de lixo.

Em 2016, o fotojornalista Mário Cruz já tinha conquistado o primeiro lugar na categoria Temas Contemporâneos, com um trabalho sobre a escravatura de crianças - dos meninos Talibés - no Senegal ("Talibés - Modern Days Slaves"), que deu origem a um livro, depois de publicado na Newsweek, e que constituiu um alerta global. No Senegal, foram distribuídos panfletos com fotografias feitas por si, tendo sido resgatadas centenas de crianças.


por Catarina Reis in Diário de Notícias | 11 de abril de 2019
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Diário de Notícias

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