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Von Spar edita Under Pressure dia 10 de maio pela Bureau B

“It's the terror of knowing what this world is about”, David Bowie cantou em 1981, em palco com Queen. Ele realizou a notável proeza de agarrar numa música com esta letra e fazer um hit. Under Pressure de Von Spar também sabe do que se trata este mundo, com a sua postura intimidatória, aguda concorrência social e luta pela sobrevivência à medida que entramos numa era de capitalismo vigilante.


A inerente urgência da música está em evidência desde a primeira batida, mas ainda assim parece flutuar livremente, criando espaço para reflexão e auto-interrogação. 

O que os outros chamam de “banda”, Von Spar vê como um sistema modular. A comunidade criativa de Sebastian Blume, Jan Philipp Janzen, Christopher Marquez e Phillip Tielsch está num estado de fluxo constante. Von Spar é um interface, dando acesso à redescoberta e à nova experiência do familiar, para todos os efeitos. 

Under Pressure é o quinto álbum, sem contar com a homenagem aos Can (gravado ao vivo com Stephen Malkmus). Passaram-se 15 anos desde o disco de estreia Die uneingeschränkte Freiheit der privaten Initiative e cinco anos desde o álbum Streetlife. Numa avaliação mais cuidada, há uma qualidade um tanto camaleónica na discografia de Von Spar. Os seus registos são o resultado duma metamorfose contínua, abrindo frechas ao post punk, krautrock e pop art dos anos 80. As constantes: refinamento rítmico e saltos quânticos harmónicos, arpejos de sintetizadores giratórios, guitarras para trás sem nenhum sinal de retrogradação. 

As oito músicas de Under Pressure foram gravadas no Dumbo Studio de Von Spar, em Colónia, com convidados de Toronto, Tóquio, Nova York, Londres e Nashville, acrescentando contribuições notáveis. Como em Streetlife, a voz formativa pertence a Chris A. Cummings, conhecido como Marker Starling. O seu distinto falsete enfeita mais de metade das músicas, perguntando: “Is there a cure for this / Unhappiness, happiness?” 

Na faixa de abertura do disco, Cummings é acompanhado por Eiko Ishibashi (Kafka’s Ibiki, Jim O'Rourke, Merzbow) numa sequência de sonhos japonesa explorando onde eles poderiam chegar se as algemas da carne fossem arrematadas. A professora de punk e reggae Vivien Goldman (The Flying Lizards) pega o fio à meada e liberta-se dos fantasmas do passado em “Boyfriends (Dead Or Alive)”. Lætitia Sadier (Stereolab) canta no hit kraut-pop “Extend The Song”, que poderia tocar e tocar para sempre, impulsionado pela energia motora: “If someone would ask me / Could I go on?” 

Menos respostas, mais perguntas - este é o maior leitmotif da música. Fica a cargo do baixista low-fi R. Stevie Moore (com mais de 400 álbuns) colocar a questão no “Falsetto Giuseppe” “Should I Worry?”Claro! Arno Raffeiner 

Tracklisting

1. A Dream (Pt 1) (w/ Eiko Ishibashi)
2. A Dream (Pt 2) (w/ Christopher Cummings)
3. Happiness (w/ Christopher Cummings)
4. Extend The Song (w/ Laetitia Sadier)
5. Better Late (w/ Christopher Cummings)
6. Not To Forget (w/ Christopher Cummings)
7. Boyfriends (Dead Or Alive) (w/ Vivien Goldman)
8. Falsetto Giuseppe (w/ R. Stevie Moore)
9. Mont Ventoux    

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