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"Vernon Subutex 1": «Isto não é um romance, é um eletrocardiograma»
Amplamente elogiada pela crítica e pelos seus pares, Virginie Despentes é uma autora de culto, sendo reconhecida como uma das principais figuras feministas em França. Membro da Academia Francesa, a sua obra, provocadora e focada na sociedade urbana dos últimos trinta anos, tem sido galardoada com vários prémios.
Vernon Subutex faz parte de uma espécie em vias de extinção. Proprietário de uma loja de discos, viveu os anos 80 e 90 furiosamente, seguindo religiosamente a trindade sexo, drogas e rock 'n' roll. Passados vinte anos, Vernon depara-se com um novo mundo: a sua loja fechou, a maioria dos seus amigos morreu ou mudou-se, e o seu benfeitor pessoal, Alex Bleach, acaba de desaparecer, vítima de overdose. Sem emprego, casa ou planos, o futuro de Vernon passa agora pelas ruas de Paris.
Os dados da sorte, no entanto, continuam a rolar e, graças a um comentário inadvertidamente deixado no Facebook, espalha-se a notícia de que Vernon tem em seu poder algo de muito valioso: três cassetes de vídeos que Bleach, durante uma noite de farra, deixou como testamento. Entre produtores, estrelas porno e fãs desocupados, Vernon não faz ideia da multidão esfomeada que tem no seu encalço.
Com os seus capítulos curtos e ritmo acelerado, Vernon Subutex 1 é um romance imperdível, um retrato cru e audaz da sociedade europeia contemporânea, definido pela crítica como «parte épico social, parte thriller punk rock, escrito com uma fúria que nos atinge em cheio como um murro».
Virginie Despentes é uma autora e realizadora francesa, além de reconhecida crítica cultural e feminista. Membro da Academia Francesa, a sua obra, provocadora e focada na sociedade urbana dos últimos trinta anos, tem sido galardoada com vários prémios.
De entre os seus livros, destacam-se Bye Bye Blondie, Teoria King Kong (Ed. Orfeu Negro, 2016) e Apocalypse Baby (Ed. Sextante, 2011), vencedor dos Prix Renaudot de 2010, e a trilogia Vernon Subutex, vencedora, em 2015, do Prix Anaïs Nin, Prix Landerneau e Prix La Coupole, e finalista do Prémio Man Booker Internacional.