O músico anunciou o seu novo álbum Oh My God que apresentará em Lisboa no dia 7 de Julho num concerto ZDB fora de portas (local a anunciar) e em Braga no dia seguinte no Museu D. Diogo de Sousa inserido no ciclo gnration@. Kevin Morby junta-se assim aos concertos previamente anunciados, ZDB fora de portas: Colin Stetson na Igreja de St. George (8 de abril) e Julia Holter no Capitólio (27 de maio).

O filho bonito de Kansas City tem percorrido mundo e tornou-se num compositor singular da música contemporânea, envolvendo-nos na sua densa poesia, abraçando-nos nas suas canções repletas de vida. É nesta constante harmonia que a música de Kevin Morby nos leva por paletas de cores bucólicas, dos prados verdes ao azul do oceano, do amarelo do deserto ao castanho das montanhas. Desde o seu início — após saída dos Woods — com Harlem River (2013), que Morby se tem estabelecido neste equilíbrio interminável entre cenários vagarosos, na sua voz o tempo pára e preenche-se de serenidade a uma só guitarra. Still Life (2014) Singing Saw (2016) consolidaram Morby como multi-instrumentalista indispensável no universo da folk americana, um songwriter habilidoso que paira sobre o espectro de Bob Dylan, Lou Reed e Leonard Cohen, mas assenta numa invariável singularidade. Embora, City Music (2017) esteja ligado à corrente e tenha entrado por caminhos urbanos, Morby escuta-o como uma pintura monocromática tingida de azul, os tons da cidade dentro de texturas eléctricas. A religião está em todo o lado, Oh My God (2019) é um disco sentado ao piano e Morby surge maestro espiritual, como alguém de existência secular que vai conduzindo coros gospel e orquestrações imponentes. Um regresso a Lisboa pelo qual todos aguardávamos.