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Paula Rego com agenda preenchida de exposições até 2020
A pintora portuguesa Paula Rego tem três exposições marcadas para galerias de arte e museus no Reino Unido até 2020, e mais duas em Madrid e Dublin, revelou fonte da Casa das Histórias, em Cascais. Contactada pela agência Lusa, a coordenadora do museu dedicado à obra da pintora, Catarina Alfaro, indicou que 2019 e 2020 “vão ser anos muito importantes no percurso expositivo da artista no Reino Unido”, onde reside.
De acordo com a curadora e investigadora da obra de Paula Rego, estão previstas exposições na Jerwood Gallery (13 de maio a 22 de outubro deste ano), na Milton MK Galllery (junho), na Scottish National Gallery (23 de novembro a 26 de abril de 2020) e no Irish Museum of Modern Art (25 de maio de 2020 a 1 de novembro de 2020). Está também prevista uma outra exposição da artista em Madrid, no CEART - Centro de Arte Tomás y Valiente.
“A Paula Rego continua a trabalhar no seu atelier, e está a desenvolver trabalho em formatos diferentes da pintura e do desenho. Serão uma bela surpresa”, revelou, sobre a artista portuguesa radicada no Reino Unido. Quanto às exposições previstas para a Casa das Histórias - que este ano completa uma década de existência - entre julho e novembro deste ano será apresentada a mostra “Paula Rego: Obra Gráfica”, com curadoria de Catarina Alfaro.
Apesar de ter realizado gravuras enquanto jovem estudante da Slade School of Fine Art, entre 1952 e 1956, só a partir do final dos anos 1980 inicia consistentemente esta prática que inclui, para além da ponta-seca, água-forte e água-tinta, litografia e serigrafia. A utilização das técnicas da gravura “permite-lhe multiplicar as histórias, a partir do desenvolvimento de séries temáticas, intensificando todo o seu sentido narrativo, através de desdobramentos e intersecções imagéticas”, segundo a curadora. Esta exposição “pretende apresentar o corpus da obra gráfica da artista e incluí os seus trabalhos de gravura mais recentes e menos conhecidos pelo público”.
No ano passado, Paula Rego apresentou a sua primeira grande exposição em Paris, no Museu de l’Orangerie, que recebeu mais de 183 mil pessoas. Nascida em Lisboa, em 1935, deixou Portugal ainda adolescente, durante a ditadura de Salazar, para fazer os estudos na Slade School of Art, em Londres, cidade onde se radicou e vive há mais de 50 anos.
por Lusa e Público | 9 de fevereiro de 2019
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público