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Ciclo de cinema recorda realizador João César Monteiro, que faria 80 anos
O arranque está marcado para 5 de fevereiro, no Rivoli - Teatro Municipal do Porto, com a exibição de Recordações da Casa Amarela (1989) e Vai e vem (2003).
Quando passam 80 anos do nascimento de João César Monteiro, alguns dos filmes do cineasta português voltam a ser exibidos em salas de cinema, entre 5 de fevereiro e 1 de março, num ciclo programado por Paulo Branco.
Viva João César Monteiro é o título deste ciclo organizado "a respeito e por respeito a um dos realizadores mais fascinantes e geniais de sempre", refere a Medeia Filmes, exibidora de Paulo Branco.
O arranque está marcado para 5 de fevereiro, no Rivoli - Teatro Municipal do Porto, com a exibição de Recordações da Casa Amarela (1989) e Vai e vem(2003). No dia 5, no teatro do Campo Alegre, serão mostradas curtas do realizador e haverá leitura de poemas dele por Isaque Ferreira.
"Se considerarmos o seu discurso cinematográfico como um filme só, percebemos que é um filme mais de planos que de sequências": Entre o cinema de ensaio documental, o cinema de lastro romântico e medieval e o cinema de carácter popular", refere a Medeia Filmes em comunicado.
Até 1 de março, o ciclo seguirá em itinerância por outras salas: Theatro Circo de Braga (dias 11 e 17), Cinema Monumental em Lisboa (entre os dias 17 e 20), Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra (dia 18), e Auditório Charlot, em Setúbal (a partir de 21 de fevereiro).
Serão ainda exibidos filmes como A Comédia de Deus (1995) e As Bodas de Deus(1998), Branca de Neve (2000), o filme exibido praticamente sem imagem e que tanta discussão causou na estreia, e Silvestre (1981).
Em Lisboa, o ciclo contará com um grande debate sobre o cineasta e coincidirá com o início do fim da exploração comercial das salas do Monumental por parte da exibidora Medeia Filmes, de Paulo Branco.
A partir de 20 de fevereiro e durante algumas semanas, Paulo Branco manterá apenas exibição regular apenas aos fins-de-semana e no cineteatro Monumental. O edifício será totalmente remodelado, deverá manter a valência de cinema, mas com outra exibidora.
Paulo Branco, que foi produtor de João César Monteiro, tem feito ciclos regulares sobre o trabalho do cineasta, que morreu em 2003.
Em 2017 revisitou as curtas num ciclo em Lisboa e, em 2013, prestou-lhe tributo, por ocasião dos dez anos da morte, no âmbito do Lisbon & Estoril Film Festival. Na altura, o tributo gerou discórdia porque incluía a leitura de textos do realizador por vários "leitores improváveis", e que terá sido decidida sem autorização da família.
Protagonista de muitos dos filmes que fez, João César Monteiro trabalhou com nomes como Fernando Lopes, Alberto Seixas Santos, Luís Miguel Cintra, Maria de Medeiros, Jorge Silva Melo e Manuela de Freitas.
João César Monteiro nasceu a 2 de fevereiro de 1939 — faria agora 80 anos — e morreu a 3 de fevereiro de 2003.
por Lusa in Público | 30 de janeiro de 2019
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público