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Museu do Prado comemora bicentenário com nova exposição

“Museu do Prado 1819-2019. Um lugar de memória” é o nome da exposição que marca o inicio das celebrações dos 200 anos de história do museu de Madrid que deve a sua origem à vontade de uma portuguesa.

Miguel Falomir, diretor do Museu do Prado; Javier Portús, comissário da exposição; e Andrés Úbeda, diretor-adjunto de conservação e investigação do Museu do Prado. Foto: Museu Nacional do Prado


Durante a Guerra Civil espanhola, entre 1936-1939, as obras de arte do Museu do Prado fizeram uma longa viagem. Retiradas durante a noite, as peças foram levadas primeiro até Valência, depois para Barcelona e chegaram a Genebra onde estiveram a salvo dos bombardeamentos. Este é só um dos episódios da história de um dos museus mais ricos da Europa e que está retratada na nova exposição que assinala os 200 anos do Prado, numa sala vazia onde se mostra como ficou o museu no período da guerra.

O Museu inicia esta segunda-feira as comemorações do seu bicentenário. As festividades do museu, onde estão depositadas obras emblemáticas de pintores como Goya, Velázquez e El Grego, vão prolongar-se ao longo dos próximos meses.

“Museu do Prado 1819-2019. Um lugar de memória” é o nome da exposição que marca o início das celebrações dos 200 anos do museu de Madrid, que abriu a 19 de novembro de 1819 com fundos provenientes das coleções reais.

A ideia para a criação do museu teve como grande impulsionadora Maria Isabel de Bragança, Infante de Portugal, filha de D. João VI e de D. Carlota Joaquina, que acabou por morrer antes do museu abrir.

De acordo com um comunicado do Prado, a exposição agora apresentada faz um cruzamento entre “os fundos artísticos e documentais do Prado, sejam visuais ou sonoros”. Estes fundos são postos em diálogo de obras de artistas como “Renoir, Manet, Chase, Picasso, Arikha, Rosales, Saura e Pollock”.

Ao todo na nova exposição são mostradas 168 obras, 34 das quais originárias de várias instituições espanholas e internacionais. O Museu do Prado refere que de fora vieram obras dos “Estados Unidos, França, Hungria, Reino Unido, Israel, Alemanha e Rússia”. A ideia é mostrar como o Prado se tornou um “depositário da memória pictórica ocidental” e uma fonte de inspiração para muitos artistas que o visitaram ao longo da sua história.

Comissariada por Javier Portús, o diretor da Conservação de Pintura Espanhola, a nova exposição do museu madrileno propõe ao visitante uma viagem cronológica em oito etapas nas quais é revelada a “personalidade” que o Prado foi desenvolvendo. Um dos destaques vai para o papel que o museu teve “como espaço de reflexão e inspiração para sucessivas gerações de artistas espanhóis e estrangeiros” e que está espelhada em trabalhos apresentados de artistas de renome como Auguste Renoir ou o mais recente Jackson Pollock.

A exposição “Museu do Prado 1819-2019. Um lugar de memória” poderá ser visitada até 10 de março.

Sendo um dos museus mais visitados em Espanha, o Museu do Prado está também estre os mais visitados no mundo. Por ano recebe quase três milhões de visitantes. Para atrair mais interessados para a nova exposição, as fachadas do Palácio Vilanueva, onde está instalado o Prado, estão agora cobertas com 15 lonas de tamanho gigante com reproduções de alguns detalhes de obras emblemáticas da sua coleção.


por Maria João Costa in Rádio Renascença | 19 de novembro de 2018
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença

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