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Graça Morais: A Grande Arte Tem a Dimensão do Mistério
Neste 17.º livro da coleção «O Fio da Memória», resultante da parceria entre a Guerra e Paz, Editores e a Sociedade Portuguesa de Autores, conheça a vida e obra de uma das maiores pintoras portuguesas da atualidade.
Graça Morais, uma das maiores pintoras portuguesas da atualidade, Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, viu-se forçada, aos 70 anos, a mudar para um ateliê improvisado em Lisboa, consequência da atual especulação imobiliária. Esta e outras histórias para ler numa franca conversa da artista com José Jorge Letria, publicada em livro.
«Como artistas, não podemos ser meros espectadores. Eu recuso esse papel de espectadora, e por isso é que esta série de obras que eu agora estou a realizar é uma série dramática, onde coloco toda a minha reflexão e a minha indignação com aquilo que se passa no mundo.» É assim que Graça Morais demonstra a sua indignação perante um país de exclusões e excesso de otimismo, em Graça Morais: A Grande Arte Tem a Dimensão do Mistério.
Neste 17.º livro da coleção «O Fio da Memória», resultante da parceria entre a Guerra e Paz, Editores e a Sociedade Portuguesa de Autores, conheça a vida e obra de uma das maiores pintoras portuguesas da atualidade. No livro, a artista fala das suas origens e da infância, da inspiração em Van Gogh e Bacon, do gosto pela poesia, mas também das mudanças no mercado da arte e do impacto das novas tecnologias.
Um diálogo a não perder entre José Jorge Letria, um dos maiores escritores da atualidade, e Graça Morais, uma mulher fascinante, que se recusa a ser uma mera espectadora e que se prepara para expor no próximo ano a série Humanidade, no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, em Lisboa. Entretanto a exposição pode ser vista no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, até 24 de fevereiro de 2019.
Sinopse
Há 70 anos, uma pequena aldeia de Trás-os-Montes viu nascer uma das maiores pintoras da atualidade. Numa conversa franca com José Jorge Letria, Graça Morais fala das suas origens e da infância, marcada por uma enorme liberdade e proximidade com a natureza, tanto na aldeia do Vieiro como em Moçambique, para onde partiu com a mãe e os irmãos, ao encontro do pai. Estas memórias revelaram-se, mais tarde, depois de regressar a Portugal e estudar Pintura, elementos fundamentais na sua arte. A descoberta de Van Gogh e de Francis Bacon, duas das maiores referências de Graça Morais, foi determinante no seu percurso. Hoje, pinta quadros mais pequenos, num ateliê improvisado em Lisboa, para onde se viu obrigada a mudar, revoltada com as consequências da atual especulação imobiliária. Graça Morais reflete ainda sobre as mudanças que se têm observado no mercado da arte nos últimos anos e o impacto das novas tecnologias.
Biografia de Graça Morais
Graça Morais nasceu no Vieiro, Trás-os-Montes, em 1948. Concluiu o Curso Superior de Pintura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto e é membro da Academia Nacional de Belas-Artes. Foi agraciada com o grau de grande-oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Desde 1974 até 2018, realiza e participa em mais de uma centena de exposições individuais e coletivas, dentro e fora do país, destacando-se a representação de Portugal na 17.ª Bienal de São Paulo (1983) e a exposição La Violence et la Grâce, na Fundação Calouste Gulbenkian em Paris (2017), onde também decorreu o colóquio internacional O Mito e a Metamorfose, que reuniu uma vintena de especialistas da obra da pintora. Ilustrou e colaborou com José Saramago, Sophia de Mello Breyner Andresen, Agustina BessaLuís, Miguel Torga, Pedro Tamen, Nuno Júdice, entre outros escritores.
Em 2008, foi inaugurado o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança.
Diálogo com José Jorge Letria
Não Ficção / Biografia
Coleção O Fio da Memória
152 páginas · 15x20 · 13,99 €
Nas livrarias a 6 de novembro
Guerra e Paz, Editores