"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Notícias

Nuno Cardoso nomeado diretor artístico do Teatro Nacional S. João

Com larga experiência nos palcos, tanto como diretor como ator, Nuno Cardoso deixa o seu cargo no Ao Cabo Teatro para assumir funções a 1 de janeiro, no São João.

Teatro São João, no Porto. Foto: Wikicommons


O encenador Nuno Cardoso é o novo diretor artístico do Teatro Nacional de S. João (TNSJ), sucedendo a Nuno Carinhas, informou esta terça-feira o Ministério da Cultura.

Nuno Cardoso, que desde 2007 é o diretor artístico do Ao Cabo Teatro, assumirá funções a 1 de janeiro de 2019, segundo comunicado.

O recém-nomeado diretor do S. João tem uma carreira de quase três décadas, tendo sido coordenador de programação do Teatro Carlos Alberto, entre 2003 e 2007, quando o S. João era dirigido por Ricardo Pais.

Encenador e ator, Nuno Cardoso nasceu em Canas de Senhorim, em 1970, iniciou o seu percurso teatral no começo da década de 1990, no Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC).

No comunicado, o Ministério da Cultura agradece a Nuno Carinhas "o enorme sentido de missão, dedicação e empenho ao longo de quase dez anos na direção artística do TNSJ".

Nesta nota de imprensa, o MC agradece a Nuno Carinhas a "forma exemplar" como desempenhou as suas funções, bem como o "enorme sentido de missão, dedicação e empenho" demonstrados ao longo dos quase dez anos em que assumiu a direção artística do S. João.

Para o Ministério, Nuno Carinhas, que dirige o S. João desde março de 2009, distinguiu-se pela divulgação dos grandes repertórios dramáticos, nomeadamente, dos dramaturgos de língua portuguesa, "pautando-se sempre por critérios de excelência técnica e artística".

Sob a direção de Nuno Carinhas – ligado ao S. João desde 1996, como encenador, cenógrafo e figurinista, e que é hoje um dos criadores de referência no panorama português – aquela sala de espetáculos do Porto deu ainda "especial atenção ao tecido teatral da cidade e do país", nomeadamente através do desenvolvimento de uma política de coprodução com outras estruturas e companhias", acrescenta o Ministério.

Neste momento, o TNSJ tem em cena "Otelo ou o Mouro de Veneza", uma encenação de Nuno Carinhas, que assim regressou a Shakespeare pela segunda vez na carreira, um ano depois de ter levado ao palco "Macbeth".

Com tradução e versão cénica de Daniel Jonas, a peça teve estreia no passado dia 28 e abriu a nova temporada deste Teatro Nacional.

Como ator, Nuno Cardoso fez parte do elenco de peças encenadas por Paulo Lisboa, Paulo Castro, João Paulo Seara Cardoso, Nuno M. Cardoso, João Garcia Miguel, Victor Hugo Pontes, entre outros, interpretando textos de autores como Eurípides, William Shakespeare, J.W. Goethe, Anton Tchékhov, Frank Wedekind, Fiodor Dostoievski, Gregory Motton, Bernard-Marie Koltès e Peter Handke.

Do seu trabalho como ator destaca-se ainda a trilogia constituída pelos espetáculos "Subterrâneo", encenado por Luís Araújo (2016), "Náufrago", encenado por John Romão (2016), e "Apeadeiro" (2017).

Em 1994, Nuno Cardoso foi um dos fundadores do coletivo Visões Úteis, onde foi responsável por espetáculos como "Porto Monocromático" (1997).

É diretor artístico do Ao Cabo teatro onde tem trabalhado autores como Shakespeare e Tchékhov, e encenado dramaturgos como Ésquilo, Sófocles, Molière, Racine, Henrik Ibsen, Friedrich Dürrenmatt, Federico García Lorca, Eugene O'Neill, Tennessee Williams, Lars Norén, Sarah Kane e Marius von Mayenburg, entre outros.

Paralelamente, Nuno Cardoso tem desenvolvido projetos teatrais de cariz comunitário ou envolvendo não profissionais, como os que concretizou no Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, em 2001, a partir de "Ricardo II", de Shakespeare, interpretado por jovens residentes no bairro da Cova da Moura (2207), ou "Porto S. Bento" (2012), com moradores do Centro Histórico do Porto.

"O despertar da primavera", de Wedekind (2004), "Woyzeck", de Büchner, no ano seguinte, e "Platónov", de Tchékhov, em 2008, contam-se entre os trabalhos que encenou no Teatro Nacional S. João.

"Coriolano", de Shakespeare (2004), e "Veraneantes", de Gorky, em 2007, foram trabalhos da sua autoria em coprodução com este Teatro Nacional.

Com a encenação de "Demónios", de Lars Norén, Nuno Cardoso recebeu o Prémio Autores 2016 da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), na categoria de melhor espetáculo.

 


in Renascença | 2 de outubro de 2018
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença

Agenda
Ver mais eventos

Passatempos

Passatempo

"Seraphina - Uma aventura da cidade para o campo"

A Yellow Star Company apresenta o espetáculo sensorial e musical concebido especificamente para bebés dos 0 aos 4 anos no Auditório Taguspark, em Oeiras, e para a sessão de 7 de dezembro (sábado), às 10h30, temos para oferta 2 packs de família até 3 pessoas cada.

Passatempo

Ganhe convites para o espetáculo "A NOITE"

Em parceria com a Yellow Star Company, oferecemos convites duplos para o espetáculo "A Noite" de José Saramago. Trata-se da primeira peça de Teatro escrita pelo único prémio Nobel da Literatura de língua portuguesa. Findo o passatempo, anunciamos aqui os nomes dos vencedores!

Visitas
99,177,837