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Palmarés da 5.ª edição do Festival Olhares do Mediterrâneo - Cinema no Feminino
Foram anunciados no dia 30 de setembro de 2018, os vencedores da 5.ª edição do Festival Olhares do Mediterrâneo - Cinema no Feminino, numa cerimónia que começou às 19h, no Cinema São Jorge, em Lisboa.
O prémio para Melhor Longa-Metragem deste ano é o filme Rush Hour de Luciana Kaplan. O júri, composto por Carlos Natálio, Mariana Gaivão e Ana Borges considerou que este é "um trabalho que, partindo de uma estrutura e linguagens mais convencionais, consegue ainda assim dar um corpo justo a três personagens inter-distantes, reféns de uma semelhante opressão diária. Através de um retracto cuidado, o filme contrasta três geografias sociais distintas, em marcha contra a mesma esgotante jornada, viajando desde o esperado luto do tempo, obliterador de vida e relações pessoais, ao terror constante pela integridade física, num mar de corpos onde a violência de género e as algemas diárias de domesticidade são silenciadas."
O júri para Melhor Curta-Metragem, composto por Jorge Carvalho, Mariana Liz e Salette Ramalho, escolheu o filme Areka (The Ditch), uma animação espanhola realizada pelo colectivo Atxur Animazio Taldea, como melhor curta. Segundo o júri, "como trabalho colectivo, Areka levanta, através de uma história pessoal, questões importantes sobre a memória de uma nação. É um filme que não nos deixa indiferentes". Foi ainda atribuída uma Menção Honrosa na mesma categoria ao filme Marlon, realizado por Jessica Palud "pela sua consistência e qualidade formal e narrativa."
Na Competição Travessias, o prémio foi atribuído ao filme Mr. Gay Syria, da realizadora Ayse Toprak, "pela coragem em expor as relações entre homens num contexto em que ainda é proibido amar em liberdade e em contar com humor e sensibilidade as histórias dos protagonistas de uma comunidade ainda pouco representada e duplamente marginalizada". O júri composto por Chiara Pussetti, Ricardo Falcão e Joana Gorjão Henriques atribuiu ainda uma Menção Honrosa ao filme Avant La Fin de LÉté , de Maryam Goormaghtigh, "pela forma inteligente como se relaciona com as personagens e deixa espaço para que sobressaiam, mostrando com ternura e ironia a história de uma amizade."
Já na secção Começar a Olhar - Filmes de Escola, o júri decidiu atribuir o prémio de Melhor filme a Layla Hasar Sahar (A night whit no Dawn) de Sara Boszakov "pela maturidade revelada na abordagem à questão actual e premente dos refugiados, aliada a uma estética particularmente cuidada e a um belíssimo trabalho de direcção de actores." O júri atribuiu ainda uma Menção Honrosa ao filme Event Horizon de Joséfa Celestin, "por mostrar e questionar os dilemas da adolescência e do crescimento de forma surpreendente."
O público também votou e, para Melhor Longa Metragem, escolheu Mr. Gay Syria, da realizadora Ayse Toprak, e para Melhor Curta-Metragem Irioweniasi. El Hilo de la Luna, de Esperanza Jorge e Inmaculada Antolínez.
PALMARÉS OLHARES DO MEDITERRÂNEO 2018:
MELHOR LONGA-METRAGEM
Rush Hour
MELHOR CURTA-METRAGEM
Areka (The Ditch)
Marlon - Menção Honrosa
PRÉMIO TRAVESSIAS
Mr. Gay Syria
Avant La Fin de LÉté - Menção Honrosa
PRÉMIO COMEÇAR A OLHAR
Layla Hasar Sahar (A night whit no Dawn)
Event Horizon - Menção Honrosa
PRÉMIO DO PÚBLICO
Mr. Gay Syria - Longa
Irioweniasi. El Hilo de la Luna - Curta