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De Monte-Chão à Guerra do Rife, a saga de um Homem Manso

Inspirado numa história verídica, uma sátira ao Portugal do Estado Novo, narrada a partir das peripécias de um homem excecional .

O Homem Manso é o título do mais recente romance de Isabel Tallysha-Soares, disponível a partir de hoje com a chancela da Coolbooks. A autora, professora no ISCSP e fundadora da International Association for Literary Journalism Studies, regressa ao registo da sua obra de estreia com um grande romance de época.

Relato ficcional inspirado na vida de D. Rui de Siqueira de São Martinho, O Homem Manso acompanha a vida boémia e humanista de D. Rodrigo, 8º Conde de Monte-Chão, homem valoroso, com uma existência pejada de episódios caricatos – afinal, quem adivinharia que o homem que se deitou com uma morta-viva na noite de núpcias e partiu as costelas na lua de mel é o mesmo que salvou compatriotas abandonados pelo Estado na II Grande Guerra?

Isabel Tallysha-Soares revela que, embora se trate de uma obra de ficção, O Homem Manso “é, provavelmente acima de todas as razões, uma tentativa de fixação para tempos vindouros de um modo de vida de outras eras, uma história de gentes de Bem num Portugal que foi aquele Portugal.”

SINOPSE

A História esquece os homens que fazem História. Esta é a vida de D. Rodrigo Cid d’Oliveira Gaetán de Cormorão e Pesanha, 8º Conde de Monte-Chão, o homem manso. Boémio na vida, humanista na alma, D. Rodrigo vê mais propósitos na sua existência do que os de assegurar a continuidade da linhagem e zelar pelo vasto património ganadeiro. Para se afirmar Homem, alista-se como voluntário da Legião Francesa partindo para a sanguinária Guerra do Rife em Marrocos, onde convive com Franco, o futuro Generalíssimo de Espanha, e com o Marechal Pétain, o herói gaulês dos campos de batalha da Grande Guerra.

Chamam-lhe Monty, o bravo soldado lusitano que perde o dedo do pé desafortunadamente e que encontra entre os Berberes do Atlas a mesma simplicidade campestre do viver das gentes da sua Alenquernatal. Mais tarde, trabalhará como correio para a Resistência Francesa e será como Graf von Niedrigsberg, o seu nome perante as autoridades do Reich, que salvará compatriotas lusos deixados ao abandono pelo Estado Português às portas dos campos de concentração.

Esta é a história de D. Rodrigo, pai de filhos de paternidade duvidosa, marido amante de Dona Maria da Penitência, a imponente filha da Freirinha, solene santa-viva, e do bardo D. Flávio Sabugosa de Brito, autor aclamado das excelsas Elegias às Árcades Briosas. Esta é a vida de um homem bom, cuja mansidão indomável se fez vida agigantada em memórias futuras que a História (quase) esqueceu.

Relato puramente ficcional inspirado pela vida verídica de D. Rui de Siqueira de São Martinho, essoutro Homem Manso.

CRÍTICAS

“Uma bela escrita que alia um registo divertidíssimo a um protagonista de rara densidade emocional. A prova de que um homem é muito mais do que aquilo que aparenta ser.” Nuno Gomes Garcia, escritor

A AUTORA

Isabel Tallysha-Soares, nome literário de Isabel Soares, doutorada em Estudos Anglo-Portugueses (Universidade Nova de Lisboa) com a primeira tese sobre jornalismo literário português (Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins e Batalha Reis). É Professora Associada no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade de Lisboa, onde coordena a Escola de Línguas e Linguagens e onde também é Vice-Presidente.

Foi membro fundador da International Association for Literary Journalism Studies e sua presidente entre 2016 e 2018. Dedica-se a pesquisa académica no âmbito do jornalismo literário, dos estudos culturais e linguísticos e do imperialismo luso-britânico sendo autora de diversos estudos e publicações de natureza científica a nível internacional.

Estudou Literatura Experimental na Universidade Católica de EichstättIngolstadt na Alemanha e é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas e Mestre em Estudos Anglo-Portugueses.

Não tendo nascido na língua portuguesa, tem como grande prazer o ensino ocasional de Português como língua estrangeira. Escreve pseudo-ficção nas horas vagas, tendo publicado sob a chancela Coolbooks (Porto Editora) os romances Eu, do Nada (2014), Da Gaveta (2017) e O Homem Manso (2018). Mantém um blogue anónimo de onde foram publicados textos na revista “Nós” do Jornal i editada por Pedro Rolo Duarte.