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Serralves recebe a vencedora do Novo Banco Revelação em outubro
Maria Trabulo fará parte de uma exposição coletiva com os finalistas do prémio Carlos Arteiro, Ana Linhares e o coletivo Sem título 2018.
"Durante o mês de outubro, em data a anunciar, será inaugurada no Museu de Serralves uma exposição coletiva que apresenta as obras dos quatro artistas, e para a qual receberam uma bolsa de produção para a concretização do projeto pelo qual foram selecionados. Por essa ocasião será lançada uma publicação monográfica do trabalho da laureada Maria Trabulo", referiu a fundação.
A atribuição do prémio à jovem artista, avançada pelo Expresso na sexta-feira e depois confirmada por Serralves, deveu-se "ao carácter aturado e idiossincrático das pesquisas da artista, que a levam, no projeto com que concorreu ao Novo Banco Revelação, a questionar a relação da fotografia com os limites da memória humana".
Nascida em 1989, no Porto, Maria Trabulo é licenciada em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e pela Academia de Belas Artes da Islândia, possuindo um mestrado em Arte e Ciência pela Academia de Artes Aplicadas de Viena.
O júri da edição deste ano foi composto por Anna Gritz, curadora no instituto KW de Berlim, Filipa Loureiro e Ricardo Nicolau, curadora e adjunto do diretor do Museu de Serralves, e por Rita Vitorelli, editora chefe da revista Spyke Art.
Segundo o júri, citado no comunicado, "todos os artistas manifestam uma abordagem à fotografia que amplia o alcance e as possibilidades deste meio na arte contemporânea - por exemplo, em projetos relacionados com a memória da herança colonial portuguesa (Ana Linhares), ou que baralham noções de autoria e de identidade (coletivo Sem Título 2018), ou que partem da fotografia para explorar noutros meios, nomeadamente a pintura e o vídeo, o carácter impessoal, mecânico, da prática fotográfica (Carlos Arteiro)".
O prémio é uma iniciativa conjunta do banco que lhe dá nome e da Fundação de Serralves para "incentivar a produção e criação artística de jovens talentos portugueses, até 30 anos, tendo por base uma lógica de divulgação, lançamento e apoio a todos os artistas que recorram ao meio da fotografia". Cada artista recebe bolsas de produção no valor de 4500 euros, para a concretização dos seus projetos, com tema livre.
por Lusa e Diário de Notícias | 30 de julho de 2018
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Diário de Notícias