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O maior número de tesouros nacionais está no Museu de Arqueologia

"O país está todo aqui", lembra o diretor, sobre as coleções que foram recolhidas desde a fundação do museu, em 1893.

Foto:António Cotrim/ Lusa Foto: António Cotrim/ Lusa


O Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, que possui o maior número de tesouros nacionais no seu acervo, num total de 940, celebra este ano 125 anos de existência com grande aumento de visitantes.

Em entrevista à agência Lusa, o diretor do museu sublinhou a importância de celebrar 125 anos com um aumento "sustentado de público" nos últimos seis anos, que se vem traduzindo recentemente em mais 20 por cento de visitantes, por ano, como atestam os números da Direção-Geral do Património Cultural.

"O país está todo aqui", declarou António Carvalho, sobre as coleções que foram recolhidas desde a fundação do museu, em 1893, por todo o país, por José Leite de Vasconcelos, "grande prospetor, que procurou pelo país os vestígios do passado e do presente" português.

O Museu Nacional de Arqueologia reúne um espólio de mais de 3.100 sítios arqueológicos nacionais nas suas reservas, grande parte em resultado do interesse de Leite de Vasconcelos em "recolher os vestígios de um quotidiano" da História de Portugal, recordou o atual diretor.

Compreender a identidade nacional
O projeto do fundador do museu era "compreender a identidade nacional: de onde vínhamos, para onde íamos e o que éramos" e, por isso, teve inicialmente um caráter não só arqueológico, mas também etnográfico, que viria a perder em meados do século XX, passando a arqueologia a ser o seu foco.

"Há sítios arqueológicos que foram quase integralmente escavados e colocados aqui, como a Vila Romana de Torre de Palma, o Cabeço de Vaiamonte ou a Gruta do Escoural, no Alentejo".

A cronologia dos sítios arqueológicos diz respeito a meio milhão de anos de ocupação do homem do território português, e, na perspetiva dos especialistas, "não se podem comparar peças do período paleolítico, ou romano ou medieval" do ponto de vista da sua importância.

"A avaliação do valor das peças é dinâmica, porque vamos incorporando outros bens com o passar do tempo", ressalvou.

No entanto, do ponto de vista da lei, "é o museu que tem quase mil tesouros nacionais, registados pelos legisladores e especialistas, que selecionaram e consideraram que são bens de interesse nacional".

Para o diretor do museu, quer as exposições temáticas quer as coleções expostas e os tesouros nacionais são bons motivos para uma visita ao Museu Nacional de Arqueologia, que está localizado em Belém, instalado no Mosteiro dos Jerónimos, e que aproveita a grande circulação de turistas na zona.

A missão de um diretor de museu "é de grande responsabilidade, e passa, em primeiro lugar, pela salvaguarda e conservação das peças", salientou António Carvalho, sublinhando que se trata de valioso património nacional.

"E, ao contrário do que muitas pessoas pensam, os materiais aqui não são apenas pedras, mas de muitos suportes", que vão, entre outros, desde madeira, vidro, metal, cerâmica e mosaicos, a papel, cestaria e ossos. 


in Rádio Renascença | 20 de junho de 2018
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença

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