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Uma Peça | Um Museu

Biombo de Coromandel

Proveniente da Coleção Kevork Essayan, genro do famoso colecionador Calouste Gulbenkian, este biombo chinês encerra, ao nível iconográfico e da técnica pictórica, leituras cruzadas interessantes. Uma peça do Museu do Oriente.

Biombo de Coromandel
China, séculos XVII e XVIII
Madeira, laca colorida e pintura a óleo sobre tela
240 × 54,5 cm [folha]; 140 × 45,5 cm [pintura]
© Jorge Welsh Lisboa e Londres/Richard Valência
Museu do Oriente/FO/1111

Tecnicamente, esta peça integra-se plenamente nos designados biombos de Coromandel, nome pelo qual ficaram conhecidas as armações portáteis de grandes dimensões que, enviadas dos portos da costa oriental indiana do Coromandel, rumavam a várias partes do mundo, sobretudo ao mercado europeu. No entanto a área de produção destas peças situava-se a vários milhares de quilómetros de distância, nas províncias chinesas de Fujian, Zhejiang, Jiangsu e Anhui.

Constituído por oito folhas, é decorado com pinturas a óleo com cenas cristãs inseridas no centro de cada um dos painéis que imprimem a este exemplar o seu cunho de maior originalidade, representando episódios da vida de Cristo e cenas posteriores à Sua Ressurreição: a Virgem, Santa Ana e São Joaquim; São João Baptista com Santa Isabel e São Zacarias; três músicos celebrando o nascimento de Cristo; a fuga para o Egipto; Cristo em Emaús; Cristo ressuscitado com São Pedro; São Mateus; São Martinho.
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