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Royal Academy expõe tríptico de Paula Rego, escultura têxtil de Joana Vasconcelos e projeto de Siza Vieira
Um tríptico da portuguesa Paula Rego faz parte da "Exposição de Verão" da Royal Academy, que abre hoje e que conta igualmente com uma escultura têxtil de Joana Vasconcelos e um projeto do arquiteto Álvaro Siza.
"Human Cargo", um tríptico de 2007-2008 em lápis 'conté' e aguada sobre papel, faz parte da 250.ª edição da emblemática "Exposição de Verão" da Royal Academy - da qual Paula Rego é membro sénior desde 2016 -, onde vão estar 1.300 obras de dezenas de artistas, em suportes como pintura, escultura, fotografia, vídeo.
Este trabalho marcou o regresso de Paula Rego ao desenho em grande escala, com uma imagem inspirada pelo horror do tráfico humano, segundo a descrição feita pela Casa das Histórias Paula Rego.
À obra da pintora portuguesa junta-se a "Royal Valkyrie", uma escultura têxtil de Joana Vasconcelos, que estará em destaque ao cimo da escadaria da entrada da Royal Academy, graças a um convite do programador da exposição, Grayson Perry.
"Ele claramente gosta do trabalho dela", afirmou o negociante de arte Michael Hue-Williams, que contou à agência Lusa ter sido ele a apresentar a portuguesa ao artista britânico.
"É difícil de chamar a atenção na exposição, mas Grayson mudou o estilo, e a obra da Joana [Vasconcelos] representa uma novidade em termos de destaque dado a uma escultura. É a única coisa que se vê quando se sobre as escadas. É impressionante", descreveu o galerista da Albion Barn, que tem Joana Vasconcelos no seu catálogo.
Na mostra de verão da Royal Academy, estão também vários projetos de arquitetura, incluindo uma colaboração do ateliê de Hugh Strange com Álvaro Siza Vieira, para uma cobertura em cimento branco de ligação entre dois silos industriais, que estão a ser convertidos para um cliente particular.
A Exposição de Verão da Royal Academy é a maior e mais antiga mostra de arte do mundo, realizando-se anualmente desde 1769, a apresentar sempre, em simultâneo, trabalhos de artistas conhecidos e de talentos emergentes.
A edição deste ano vai estar aberta de 12 de junho a 19 de agosto, e inclui uma exposição paralela sobre a sua própria história e as suas 250 edições consecutivas, realizadas nos últimos 249 anos.
Os trabalhos dos artistas portugueses não estão para venda, mas a maioria das obras de arte pode ser adquirida, revertendo parte das receitas para os alunos de Belas Artes das escolas da Royal Academy.
Os preços variam entre algumas centenas de euros até vários milhões, como é o caso de uma obra do artista urbano Banksy, avaliada em 350 milhões de euros (cerca de 400 milhões de euros).
A exposição, sob o lema de celebração da "Art made now" ("arte feita agora"), apela à boa disposição e está em destaque, com os seus artistas, no 'site' da Royal Academy.
por Lusa e Diário de Notícias | 12 de junho de 2018
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Diário de Notícias