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"28 Noites Ao Vivo nos Coliseus" chega às lojas
Álbum duplo reúne 32 temas gravados nos vários concertos que os músicos deram nos Coliseus de Lisboa e do Porto.
Num ato de alguma loucura, e sem saberem ainda o que iam apresentar, a meio de 2015 António Zambujo e Miguel Araújo anunciaram duas datas nos Coliseus de Lisboa e Porto. Loucura porque eram as mais emblemáticas salas do país e porque, efetivamente, ainda não sabiam bem o que ia ser feito. Ao longo de 2015, as datas foram esgotando umas atrás das outras e ao todo acabaram por dar 28 concertos em 2016. Um fenómeno sem igual na música portuguesa. Agora chega-nos o registo dessas noites únicas, com o álbum duplo “28 Noites Ao Vivo nos Coliseus”, que chega às lojas e que já lidera o top de vendas de álbuns do iTunes.
Já estão também disponíveis os vídeos ao vivo de “Lambreta”, de António Zambujo, e “Recantiga”, de Miguel Araújo, que também se podem ouvir nas rádios nacionais.
Em 28 concertos, António Zambujo e Miguel Araújo atuaram para cerca de 82 mil espectadores. Partilharam canções marcantes dos repertórios a solo de cada um, e outros temas que os influenciaram, como “João e Maria” de Chico Buarque, “Sampa” de Caetano Veloso, “Don’t Think Twice It’s All Right” de Bob Dylan ou “Bohemian Rhapsody” dos Queen.
"Recebi todas as noites o Miguel em palco como o recebo sempre em minha casa e como ele me recebe a mim em casa dele. Juntámos os nossos amigos, uns copos de vinho tinto e só procurámos divertir-nos. Foi isso que aconteceu", escreveu António Zambujo.
“Uma coisa que obviamente atrai as pessoas é serem dois artistas que não se encontram todos os dias. A ver, é ver agora. Nós estamos sempre a dar concertos isoladamente, mas a junção ou era ali ou não era. Isso pode explicar que esgote um coliseu, mas não explica as 28 datas. Isso não explica. Explica duas ou três ou quatro. É preciso perguntar às 82 mil pessoas para saber o que lhes passou pela cabeça”, referiu, na altura, Miguel Araújo em entrevista ao Observador.
Além do público ter ficado rendido a este encontro e a esta partilha tão especial entre duas das vozes mais acarinhadas da música nacional, também a imprensa acompanhou de perto este acontecimento ímpar na história da música portuguesa.
“O lugar na história das salas nobres de Lisboa e Porto – e os acertados coros coletivos – já ninguém lhes tira”, escreveu o Blitz sobre a primeira das 28 noites.
“O concerto pode ser por isso comparado a uma espécie de obra de Santa Engrácia em eterna construção. Mas é uma obra-prima”, escreveu o Observador.
O DN referiu: “A expectativa era alta, tão alta que foi quase em total silêncio que as cortinas se abriram e, ainda às escuras, se ouviu a guitarra em distorção de Miguel Araújo, a atacar uma versão elétrica de “Foi Deus”, o clássico imortalizado por Amália Rodrigues, logo em seguida cantado quase à capela por António Zambujo. Um momento solene, em tudo contrastante com o que se viria a passar nas quase duas horas restantes, com os dois artistas a falar, a contarem histórias e a trocar canções, como se de um vulgar serão entre amigos se tratasse (…).”
Já a Visão referiu, na fase final desta “residência”: “Um dos segredos do sucesso dos concertos desta tournée dos dois músicos e amigos é, como dizia uma fã, ‘parecer que estão a partilhar histórias na sala de estar’.”
Dois anos depois, temos agora o melhor do que foram essas 28 noites de partilha entre António Zambujo e Miguel Araújo com o disco “28 Noites Ao Vivo nos Coliseus”, já nas lojas.