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Prémio José Mariano Gago atribuído a "Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa"
Este galardão será entregue na próxima terça-feira, dia 22 de maio, pelas 18h00, por Sua Excelência o Senhor Presidente da Assembleia da República, Dr. Ferro Rodrigues, na sala da Galeria Carlos Paredes, do Edifício-Sede da Sociedade Portuguesa de Autores.
Foi atribuído ao historiador José Eduardo Franco, diretor da CIDH (Universidade Aberta/CLEPUL – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), na sua primeira edição, o recém-criado Prémio José Mariano Gago de Divulgação Científica, instituído pela Sociedade Portuguesa de Autores, para agraciar o grande projeto de investigação e edição em 30 volumes, em curso no Círculo de Leitores, intitulado Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa (com prefácio do Senhor Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa), envolvendo temas e autores das mais diversas áreas do saber, no arco temporal de 7 séculos de história da nossa língua (do século XII ao século XIX).
Este projeto é promovido cientificamente pela Cátedra Infante Dom Henrique para os Estudos Insulares Atlânticos e a Globalização (Universidade Aberta/CLEPUL – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), em parceria com o Rómulo | Centro de Ciência Viva Rómulo de Carvalho da Universidade de Coimbra, e com o Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes (IECCPMA), em associação com outras instituições académicas e culturais.
José Eduardo Franco e Carlos Fiolhais dirigem esta que já é considerada a maior operação científica de sempre para revelar de forma sistemática as fontes da língua e cultura portuguesa numa perspetiva interdisciplinar. Os dois agraciados lideram uma equipa de 172 membros (especialistas, coordenadores científicos dos diferentes volumes, investigadores e consultores internacionais), que têm trabalho intensivamente para estabelecer e tornar acessível ao grande público o ADN da língua portuguesa.
Depoimentos relevantes sobre esta edição das Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa:
“Editar e conhecer as obras pioneiras da nossa cultura é uma maneira excelente de tomarmos consciência do nosso passado extraordinariamente rico e de nos apercebermos de que a nossa língua esteve a par de grandes línguas europeias, antecipando-se até, por vezes, a algumas delas no processo de autonomização [...].”
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República
“A edição das Obras pioneiras da cultura portuguesa permite oferecer pela primeira vez ao grande público uma visão de conjunto e de longa duração do desenvolvimento da língua portuguesa com capacidade para fixar conhecimento nos vários ramos do saber humano que foram emergindo e também como espaço de criação literária e de expressão de pensamento complexo. Pelo seu ineditismo conceptual, pela sua abrangência, pelo seu rigor metodológico e pela sua intenção divulgativa, a publicação de um conjunto de obras pioneiras e maiores que marcaram a cultura portuguesa ao longo de cerca de 700 anos de história, tal como é feito na coleção que agora se inicia, constitui uma contribuição pedagógica e científica de enorme relevância no panorama cultural português com óbvias vantagens para a disseminação da cultura e a promoção do saber.”
Paulo Maria Silva Dias, Reitor da Universidade Aberta
João Gabriel Silva, Reitor da Universidade de Coimbra
“Obras pioneiras são aquelas que, por assim dizer, antecipam o nosso futuro.”
Eduardo Lourenço
“O pioneirismo dos portugueses não pode compreender-se sem conhecer as suas obras fundamentais.”
Guilherme d’Oliveira Martins
“O que define a alma de uma nação é a sua Alta Cultura, que se deixa decantar nos Grandes Livros. Esta coleção de 72 obras pioneiras vai ainda mais longe, na medida em que estes textos fundadores de novas áreas de conhecimento ilustram a capacidade portuguesa de inovação. São marcas do nosso querer coletivo, capaz de antecipar, interpretar e responder aos grandes desafios históricos. São obras que nos permitem continuar a merecer o futuro.”
Viriato Soromenho-Marques
“Há décadas que imploro o milagre de uma biblioteca clássica da cultura portuguesa e finalmente as minha preces foram escutadas.”
Onésimo Teotónio de Almeida