A programação deste novo espaço promete divulgar a arte brasileira do século XX, com destaque para o concretismo, o neo-concretismo, o tropicalismo, a op arte e a arte cinética, mas também divulgar artistas contemporâneos que tenham alguma ligação aos movimentos que fizeram parte do neo-concretismo.

Este movimento das artes plásticas iniciado em 1957, no Rio de Janeiro, como atitude de discórdia com o concretismo oriundo de São Paulo teve como principais motores o poeta Ferreira de Gullar, e a artista plástica Lygia Clack. Ao escreverem o Manifesto Neoconcreto no Jornal do Brasil em 1959, com outros autores da época, deram início a uma pequena revolução artística, onde o cansaço pelo que consideravam excesso de racionalismo, vem dar lugar a uma maior dose de sensualidade. Assim, no cenário modernista brasileiro, as telas irão passar a receber cores de uma maneira mais livre, as noções de especialidade irão promover novas provocações e a relação entre espectador e a obra torna-se mais intensa e participativa.

No centro de toda esta nova revolução e dinâmica artística podemos destacar vários artistas como Amílcar de Castro, Franz Weissmann, e Willys de Castro.

A Galeria Primner abre portas com a representação do artista Amílcar de Castro (1920-2002), famoso pelas suas esculturas de corte, dobra e corte dobra, numa vasta obra que desenvolve até à sua morte, onde a leveza de uma folha de papel é trazida ao trabalho em ferro, material que o artista tão bem manipula, criando inúmeras variações do mesmo plano.

Primner Gallery
Pátio Afonso de Albuquerque 1D, 1100-010 Lisboa
primner@primner.com
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