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Foreign Poetry lançam primeiro single e estreiam-se ao vivo no NOS Primavera Sound

Os Foreign Poetry são Danny Geffin e Moritz Kerschbaumer. Danny é inglês, Moritz austríaco e ambos tocam vários instrumentos e escrevem canções.

créditos Apparat Lux


Conheceram-se em Londres, durante o verão de 2011, quando tocavam em projetos diferentes mas se cruzaram na mesma noite no The Ritzy, em Brixton - Moritz com Luís Nunes, mais conhecido por (Walter) Benjamin e Danny como metade dos Geffin Brothers. Moritz e Benjamin produziram o EP homónimo destes últimos e acabaram por tornar-se autónomos e tocar regularmente juntos numa banda de quatro elementos. Depois de alguns obstáculos e decisões de vida, as bandas separaram-se e seguiram a sua vida.

Os Foreign Poetry nasceram na produção de um EP de material de Danny, que nunca chegou a ser editado, resultado de muitas horas de trabalho com Moritz. Um dia, no inverno de 2016, Moritz envia a Danny duas ideias para canções nas quais andava a trabalhar e este retribui dias depois devolvendo-as cheias de ideias novas. Este encontro tornou-se num hábito, as ideias de ambos começaram a andar para trás e para a frente e ao fim de 12 meses neste sistema de trabalho, com alguns dias passados no estúdio por mês, destas canções nasceu uma continuidade e um caráter próprios. E a forma de um disco tornou-se evidente. A última peça no puzzle foi o polimento destas sessões nos estúdios da Pataca Discos, em Lisboa, onde o disco ganhou novas e belas texturas. E a magia que alguns amigos músicos acrescentaram na gravação: Anna Louisa Etherington (violino), Alice Febles Padron (coros), Luís (W. Benjamin) Nunes (bateria, percussão e coros) e Tony Love (bateria).

Grace and Error on the Edge of Now é baseado numa história verdadeira. Uma brisa de sons confortáveis, uma viagem melancólica, relaxada, mas poderosa, sempre esperançada e inspirada. Escorregamos para dentro do disco, ele abraça-nos à chegada e fica connosco depois. Viajamos recostados nas suas orquestrações complexas e cuidadas, ao mesmo tempo descomplexadas e desarmantes, emocionantes e contemplativas. São paisagens sonoras com vistas largas. Sente-se Arthur Russell, Beck ou Surfjan Stevens, ombros encostados a Grizzly Bear, Alt-J, Tame Impala ou The National, mas nunca reclama familiaridade nem se perde em pastiches. Há tantos detalhes dentro destas canções que não têm tempo nem espaço, soam a algo maior e iluminado. Cheias de curvas, saltos, recantos, arestas, diferentes cores e pesos, podem ser nuvens de algodão ou caves recolhidas, mas sempre profundas, trabalhadas, iluminadas e frescas como uma janela acabada de abrir.

O álbum é um conjunto de meditações sobre antigas práticas espirituais, a tensão entre fervores políticos divergentes, a celeridade tecnológica e o seu impacto humano, a disseminação da informação e as mudanças na nossa consciência, a doutrinação da juventude, a passagem pela adolescência e o medo de voar. O conteúdo é abstrato, tanto quanto é específico, nos temas centrais e inerentes ao estarmos vivos. Obscuro, mas de certa forma familiar no seu core, este álbum é uma viagem em aberto”, descreve Danny.

Sparks é o primeiro single e é lançado dia 4 de abril de 2018.

A banda estreia-se ao vivo no festival NOS Primavera, a decorrer no Parque da Cidade, Porto, Portugal, entre 7e 9 de junho de 2018.

Créditos:
Produzido e gravado pelos Foreign Poetry no Elephant Ear em Londres e no Studio 15ª em Lisboa.
Misturado por Luís 'Benjamin' Nunes e Moritz Kerschbaumer.
Masterizado por Tiago de Sousa.
Todas as canções foram escritas e arranjadas pelos Foreign Poetry.

Perguntas frequentes
(Danny responde)

O género: é chamber/space/dream/ethereal/post/indie pop?
O álbum é um pouco misterioso, menos para nós que o criámos, naturalmente, mas ainda assim indefinível. É um pouco como uma criança que estás a exercitar e ficas tipo: ‘mas que raio é esta pessoa pequena?’ Também é um facto que é a primeira vez que qualquer um de nós colabora com alguém para criar um álbum por inteiro (na escrita de canções, na produção, etc) o que lhe acrescenta, e o envolve, nalguma ingenuidade e abstração.

As letras:
Sinto-me muitas vezes no lugar de quem faz uma micro representação de tendências mais latas, ou seja, as áreas de interesse que me atraem fazem muitas vezes parte do zeitgeist e estão a começar a passar para um primeiro plano, a ganhar pertinência. E estou mais interessado em escrever sobre períodos de tempo na sua grandeza do que sobre assuntos específicos. Este álbum tem esse traço muito marcado. Sinto que é como se alguns temas soassem quase a canções de protesto (e o meu background será provavelmente associado à música folk), mas é claro que elas não parecem canções de protesto, não pregam de forma direta ou óbvia, não são “foleiras” como esse tipo de canção consegue ser. Ainda assim, este não é um disco indie, shoe-gazing, pós-moderno, nada-interessa-por-isso-vamos-sentir-pena-de-nós-próprios, na maior parte do tempo esforça-se para ser sincero, sério e sentido. No seu centro está uma verdadeira tentativa para evidenciar qualquer coisa de humano que pode estar a ser esquecido e um presságio para a falta de sentido e ligação evidente que existe no caos aberto e globalizado em que vivemos. Este é o melhor momento para estarmos vivos, então porque é que não parece?

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