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História, Arquitetura e Quotidiano do Mosteiro de São João de Tarouca agora em e-book
Disponibilizar de forma acessível uma apresentação geral do conhecimento reunido ao longo de 17 anos de investigação histórico-arqueológica foi o grande objetivo, em 2016, com a publicação da obra “Mosteiro de São João de Tarouca. História, Arquitetura e Quotidiano”.
Dois anos depois, o objetivo passa a ser alargar o conhecimento do primeiro mosteiro cisterciense a ser construído em Portugal ao maior número de pessoas possível. A partir de agora, a obra passa também a estar disponível em forma de e-book, a partir dos sites www.museudelamego.gov.pt e www.valedovarosa.gov.pt.
“Mosteiro de São João de Tarouca. História, Arquitetura e Quotidiano” nasceu da necessidade de dar apoio a quem visita o complexo monástico, tendo apostado, por este motivo, na vertente comunicativa. Partindo da investigação realizada ao longo das últimas duas décadas pelos investigadores Luís Sebastian e Ana Sampaio e Castro, na obra desconstroem-se conceitos e cria-se um fio condutor que faz o leitor recuar até ao século VI e a partir daí (re)descobrir as origens da Ordem de Cister e a construção do Mosteiro de São João de Tarouca, entrando na sua história e no seu quotidiano.
Fundado em 1140, o Mosteiro de S. João de Tarouca começou a ser construído em 1154. Com a igreja sagrada em 1169, a construção da totalidade do complexo monástico encontrava-se então ainda longe de estar completa, o que apenas viria a acontecer já no início do século seguinte, com a conclusão da ala dos monges conversos. Referência espiritual dentro da Ordem, no século XVII o mosteiro vai sofrer obras que ampliação que vão continuar no século XVIII com a construção de um monumental dormitório de dois pisos e a reformulação da cerca de clausura.
Com a extinção em 1834 das Ordens Religiosas em Portugal, a igreja é convertida em paroquial e os edifícios correspondentes às dependências monásticas e respetivo recheio vendidos em hasta pública. O comprador dos edifícios destinou-os ao desmantelamento para venda e reaproveitamento da pedra, processo que só terminaria já nos primeiros anos do século XX, com o total desaparecimento das dependências medievais e a profunda ruína das restantes ampliações mais tardias.
Monumento Nacional, em 1998, iniciou-se a escavação arqueológica do conjunto, processo que decorreria até 2007, paralelamente a múltiplos trabalhos de restauro no edifício da igreja.
Em 2009, o Mosteiro de São João de Tarouca é inserido no projeto Vale do Varosa, no âmbito do qual é completado o restauro da igreja, é musealizada a área arqueológica e recuperada parcialmente a cerca de clausura e é instalado um Centro Interpretativo na Casa da Tulha, antigo Celeiro de século XVIII.