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Portugal já tem plataforma inovadora para conservação e reabilitação do património

Os três grandes laboratórios portugueses de conservação e reabilitação do património colocam ferramenta que pode ser preciosa para o trabalho dos investigadores.

Foto: Rosário Silva/RR Foto: Rosário Silva/RR


O Ano Europeu do Património 2018 arrancou esta quarta-feira, em Évora, com o lançamento da plataforma ERIHS.pt, a plataforma portuguesa da Infraestrutura Europeia para as Ciências do Património (ERIHS - European Research Infrastructure for Heritage Science).

Trata-se de um serviço gratuito que resulta de uma parceria entre o Laboratório Hercules da Universidade de Évora, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e o Laboratório José de Figueiredo da Direcção-Geral do Património Cultural.

“A infraestrutura ERIHS é um consórcio entre três grandes laboratórios na área das ciências do património e o seu propósito é o poder estar ao serviço da comunidade cientifica, da comunidade em geral”, explicou aos jornalistas António Candeias, diretor do Laboratório Hercules e um dos promotores do projeto.

Na prática, os investigadores vão poder “ter acesso a meios analíticos de ponta, quer através da instrumentação que existe nos laboratórios, quer através de uma unidade móvel que nos permite realizar análises onde elas sejam necessárias”, acrescenta o responsável da Universidade de Évora.

No espectro da plataforma cabem, por exemplo, o apoio “a projetos de levantamentos arquitetónicos ou levantamentos em campos arqueológicos”, mas também o estudo de “bens patrimoniais que vão desde obras de arte até monumentos”, completa.

António Candeias realça “o impacto social” do projeto que agrega três laboratórios de referência e a mais valia de “conseguirmos transferir o nosso conhecimento e as nossas competências para a sociedade.”

Ao lançamento associou-se o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. “Começar o Ano Europeu do Património com mais ciência e conhecimento, é uma boa notícia”, referiu aos jornalistas Manuel Heitor.

O governante considerou o projeto como sendo parte integrante de “uma rede orientada para o emprego cientifico e para estimular o emprego qualificado na área do património.”

Para o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, o Ano Europeu do Património é uma oportunidade para Portugal se afirmar, garantindo que o país “vai trabalhar e empenhar-se”.

A plataforma agora lançada envolve um investimento de 1,2 milhões de euros, e vai garantir através de dois concursos anuais, o acesso gratuito da comunidade científica, de entidades públicas e privadas e de empresas, quer as infraestruturas analíticas físicas dos três laboratórios, quer ao laboratório móvel do centro de investigação da Universidade de Évora.

O primeiro desses concursos foi aberto nesta quarta-feira e os interessados podem submeter as suas propostas de projetos na área da conservação e reabilitação patrimonial até 28 de fevereiro, sendo depois selecionadas as melhores iniciativas, que vão poder recorrer às valências e recursos dos laboratórios.


por Rosário Silva in Rádio Renascença | 12 de janeiro de 2018

Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença

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