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Fantasia lírica de Ravel sobe ao palco do S. Carlos

Um conjunto de nove cantores portugueses é acompanhado pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos, o Coro Juvenil de Lisboa e a Orquestra Sinfónica Portuguesa.

[Foto: DR]


A fantasia lírica "L'enfant et les sortilèges", de Maurice Ravel, sob direção da maestrina Joana Carneiro, sobe na quinta-feira à cena no Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC), em Lisboa, numa encenação de James Bonas.

Segundo comunicado do TNSC, trata-se "de uma obra sobre a infância, sobre o respeito e a liberdade", uma "partitura mágica, plena de encanto, subtileza e emoção", que transmite "uma ideia perfeita do poder da feitiçaria de Ravel, da sua capacidade de dar vida a mundos maravilhosos".

Um conjunto de nove cantores portugueses é acompanhado pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos, o Coro Juvenil de Lisboa e a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP).

"L'enfant et les sortilèges", que se estreou em 1925, está em cena no TNSC na quinta, sexta-feira e sábado, voltando ao palco em 4, 5 e 6 de janeiro.

A última composição lírica de Ravel (1875-1937) foi "especialmente pensada para o público familiar" e o seu ponto de partida "é uma criança desobediente que destrói e maltrata os objetos que a rodeiam", que, subitamente, ganham vida e "enfrentam o pequeno rebelde, repreendendo-o pelo seu comportamento que há muito os magoa e atormenta".

"Ao dar-se conta das consequências das suas ações, a criança, através de uma viagem espiritual, conhece o amor, a amizade e o perdão", refere nota do TNSC, que realça o libreto de Sidoine Gabrielle Colette (1853-1954), que "tem qualidades musicais inegáveis: o jogo das onomatopeias, as assonâncias, a alternância entre diferentes sonoridades e acentuações".

"Muitas das personagens são definidas tanto pela sonoridade das palavras como pelo seu significado, numa perfeita conexão entre as palavras e a música", salienta o TNSC.

Joana Carneiro, de 41 anos, é, desde 2014, maestrina titular da OSP e, paralelamente, maestrina convidada da Orquestra Gulbenkian. Este mês, a maestrina dirigiu a Real Orquestra Filarmónica de Estocolmo na cerimónia de entrega dos Prémios Nobel.

 


in Renascença | 26 de dezembro de 2017
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença

 

 

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