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Lubaina Himid vence o prémio Turner
Lubaina Himid tornou-se esta terça-feira a pessoa mais velha a ser distinguida com o prémio Turner para as artes visuais. Também é a primeira mulher negra.
Lubaina Himid concorria com o pintor inglês Hurvin Anderson, o alemão Andrea Büttner e a cineasta Rosalind Nashashibi pelo prémio de arte contemporânea Turner, destinado a distinguir o trabalho no campo artístico.
A vencedora, de 63 anos, conhecida pelos seus pratos de jantar pintados com aristocratas a vomitar, é a pessoa mais velha a receber a distinção e a primeira mulher negra.
História colonial e as razões pelas quais o racismo persiste estão entre os assuntos que a artista, nascida na Tanzânia, aborda na sua obra. O júri o prémio salientou o modo não alinhado como enfrenta estes assuntos, notou em comunicado o diretor da Tate Britain, Alex Farquharson.
Foi aos críticos e curadores que a apoiaram ao longo dos anos, "anos selvagens" na descrição da artista, que a Lubaina Hmid agradeceu o prémio.
Nascida em 1954, em Zanzibar, Tanzânia, estudo Design de Teatro na Universidade de Wimbledon.
Visto até agora como um prémio destinado a premiar jovens artistas, em que até existia uma cláusula para que os nomeados não tivesse mais de 50 anos, o comité organizador do Turner fez uma mudança de direção este ano ao selecionar dois artistas com mais de 40 anos, outro com mais de 50 e um mulher com mais de 60 para a short list final.
O prémio, entregue anualmente, chegou às mãos de Lubaina Himid ao som da música de Goldie. A cerimónia teve louvar na igreja de Hull Minster. em Inglaterra.
O prémio de arte contemporânea Turner foi fundado em 1984 e batizado com o nome do pintor J.M.W Turner.
Os artistas recebem 25 mil libras e os finalistas 5 mil. É o mais relevante galardão do Reino Unido e, nos anos 90, deu visibilidade à geração dos chamados Young British Artistas, distinguindo Damien Hirst e Tracey Emin.
Até 7 de janeiro, uma exposição com o trabalhos artistas finalistas do Turner pode ser vista na galeria Ferens, na cidade de Hull, onde decorreu a cerimónia de entrega do prémio. A exposição, aberta desde setembro, já foi vista por 90 mil pessoas.
in Diário de Notícias | 6 de dezembro de 2017
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Diário de Notícias