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Fundação EDP faz balanço do 1º ano do MAAT

Desde a sua abertura, a 5 de outubro de 2016, o MAAT recebeu mais de meio milhão de visitantes. Na quinta-feira, assinalando o primeiro aniversário da abertura ao público, a entrada é gratuita. 

© FG+SG


Neste primeiro ano de atividade, o MAAT ofereceu ao público uma programação intensa com 23 exposições, individuais e coletivas, nacionais e internacionais, mostras itinerantes vindas de outas instituições internacionais, instalações site-specific na Galeria Oval, bem como exposições sobre a coleção de Arte da Fundação EDP – num total de 442 artistas expostos, dos quais 137 portugueses e 305 internacionais, 22 publicações editadas.

Entre os prémios nacionais e internacionais destacam- se “Novidade do ano” dos Prémios Time Out Lisboa, “Arte e Cultura” dos Prémios Marketeer, o The Design Prize 2017, o Arquitetos do Ano dos Iconic Awards 2017 para a arquiteta autora do projeto, Amanda Levete, o Prémio Europeu de Design do Aço e o mais recente Museum Architecture of the Year, LCD Awards 2017, anunciado na passada sexta-feira.

Desde junho 2016 até à data saíram mais de 400 artigos sobre o MAAT na imprensa internacional distribuídos por meios generalistas e meios especializados (Arte, Arquitetura, Cultura, Viagens e Lifestyle), dos quais destacamos a Ícon, a Architectural Review, a Monocle, a Wallpaper, o Huffington Post e a CNN. 

O edifício do MAAT representou um impulso na reabilitação e valorização da frente ribeirinha, para o qual também contribuiu o projeto paisagístico do Campus da Fundação EDP, desenhado por Vladimir Djurovic.

«Com a construção do MAAT e de um jardim com 20 mil metros quadrados, o campus da Fundação EDP constitui hoje uma nova centralidade de cultura e de lazer em Lisboa. Este é um projeto que nos desafia diariamente a contribuir para uma cidade mais atraente e cosmopolita», diz Miguel Coutinho, administrador e diretor-geral da Fundação EDP.

Depois de alcançar “um número de visitantes que superou todas as nossas expectativas” Pedro Gadanho, diretor do museu, realça a importância de um novo desafio que “será motivar o público a voltar pelos conteúdos que oferecemos”.

O MAAT abre ao público três novas exposições

Encomenda especial do artista Bill Fontana para a Galeria Oval do MAAT

Bill Fontana, compositor e artista norte-americano, mundialmente reconhecido pela sua vasta carreira como sound artist e o grande pioneiro em experiencias com som, apresenta a obra Shadow Soundings: uma instalação imersiva de som e vídeo que traz até à Galeria Oval do MAAT os sons em direto da emblemática Ponte 25 de Abril.

O artista é conhecido pelas suas instalações sonoras em grandes dimensões, como por exemplo Harmonic Bridge que apresentou em 2006 na Tate Modern, em Londres. Agora, pela primeira vez, alia a dimensão sonora à componente de video live streaming.

Shadow Soundings é uma instalação feita a partir dos sons e ruídos da Ponte 25 de Abril; mas também uma obra em vídeo que, através de 5 pontos de projeção, mostra vistas únicas da ponte e do Tejo, bem como ângulos desconhecidos das sombras dos veículos em movimento no tabuleiro da ponte. Eram estas sombras em movimento que criavam aquele som “cantado” tão característico da ponte, e foi daí que surgiu o título Shadow Soundings, conta o artista.

Como o próprio gosta de se intitular, Bill Fontana é um artista que “tira os sons das coisas”. Nesta instalação ele capta o ruído da ponte, tão familiar aos habitantes da cidade de Lisboa, e amplifica-o conferindo-lhe musicalidade.

Bill Fontana já expôs no Whitney Museum of American Art, no San Francisco Museum of Modern Art, Art Gallery of NSE em Sydney, entre muitos outros.

Curadoria: Pedro Gadanho. De 4 outubro a 12 de fevereiro 2018.

QUOTE / UNQUOTE. ENTRE APROPRIAÇÃO E DIÁLOGO

Quote / Unquote. Entre Apropriação e Diálogo apresenta uma seleção de obras da coleção de arte da Fundação EDP subordinadas ao tema da apropriação na arte contemporânea. Esta exposição esteve já na Galeria Municipal do Porto, da qual a Fundação EDP é Mecenas, entre março e maio deste ano. Viaja agora até Lisboa, mantendo as mesmas curadoras da primeira mostra, Ana Anacleto e Gabriela Vez-Pinheiro.

A exposição propõe uma leitura transversal da a apropriação direta de imagens, textos ou outras formas de produção cultural, a citação como elemento que concorre para a produção de sentido, ou o diálogo consciente e assumido com autores e criações preexistentes.

Está dividida torno de três subnúcleos: “Arquivo e Quotidiano”, “Espacialidade e Política” e “Imagem e Narrativa”, que pretendem agregar conjuntos de obras em torno de afinidades eletivas, propondo assim, também, diálogos intrínsecos entre obras muito diferentes.

O desafio de pensar neste tema foi proposto a Gabriela Vaz-Pinheiro, curadora convidada e Ana Anacleto, curadora do MAAT.  “Conceber uma exposição a partir de uma seleção de obras em torno da ideia de Apropriação é, parece-nos, um desafio duplamente interessante, sobretudo quando conscientes – como vimos – de que todo o ato discursivo encerra em si mesmo um ato apropriativo.”, destaca Ana Anacleto. Gabriela Vaz-Pinheiro acrescenta ainda a relação que tem com o tema da exposição que, no seu caso, “para alguém para quem a década de 1980 foi de aprendizagem, a questão da apropriação se tornou uma espécie de pedra basilar na formação do olhar e do pensamento.“

Este é o terceiro momento de Perspetivas | Coleção de Arte Fundação EDP, uma serie de exposições mostram diversos olhares curatoriais na coleção de arte da Fundação EDP. Inclui trabalhos de Eduardo Batarda, Fernando Calhau, José Pedro Croft, Ângela Ferreira, Ana Jotta, Bruno Pacheco, João Maria Gusmão + Pedro Paiva e muitos outros.

ARTISTAS PARTICIPANTES:

Daniel Barroca, Eduardo Batarda, Joaquim Bravo, Pedro Calapez, Fernando Calhau, Luís Campos, Nuno Cera, Mauro Cerqueira, José Pedro Croft, Diogo Evangelista, Ângela Ferreira, Mariana Gomes, André Guedes, Ricardo Jacinto, Ana Jotta, Álvaro Lapa, João Marçal, Carlos Azeredo Mesquita, Rodrigo Oliveira, Bruno Pacheco, João Maria Gusmão + Pedro Paiva, João Penalva, José Almeida Pereira, Diogo Pimentão, Lúcia Prancha, Pedro Diniz Reis, André Romão, Noé Sendas, Ângelo de Sousa, Ana Vieira.

Curadoria: Gabirela Vaz-Pinheiro e Ana Anacleto. De 4 de outubro a 5 fevereiro 2018.

ARTISTS’ FILM INTERNATIONAL

O MAAT integra mais uma vez, o Artists’ Film International, um programa dedicado à exibição de vídeos, filmes e animações realizados por artistas de várias zonas do mundo. No segundo ano da sua participação, o MAAT escolheu uma animação de Luís Lázaro Matos (Évora, 1987) para integrar o programa. The Nomadic City of Camela é uma animação encomendada pelo MAAT a Luís Lázaro Matos para a presente edição do Artists’ Film International. Recorrendo à animação tradicional com desenhos manuais, o vídeo mostra uma cidade imaginária, construída em cima de um camelo gigante com três bossas. Enquanto a cidade é movida pelo corpo e pelo movimento do camelo, o animal é cuidado pelos habitantes da cidade, de modo que nenhum poderia existir sem o outro. O conjunto nómada cidada-camelo atravessa todo o continente sul-americano como uma fortaleza em movimento, pelo que tanto os habitantes como os visitantes da cidade têm o privilégio de usufruir de uma paisagem em constante mutação. O camelo de três bossas desloca-se ao som da canção de Carsten Jost, Days Gone By, e parece nutrir uma relação especial com a baía do Rio de Janeiro. The Nomadic City of Camela intervém sobre a escala dos corpos do animal e do espetador, evocando as infraestruturas de movimento e circulação que unem habitantes humanos e não humanos.

Em diálogo com a maquinaria industrial da Sala das Caldeiras, a exposição apresenta um conjunto de filmes em torno do conceito de “colaboração”. Para além de obras que resultam de colaborações entre artistas e outros criadores, são exibidos filmes que testemunham a renovada atualidade e potencial de experiências colaborativas num momento de erosão das estruturas sociais, políticas e económicas.

Iniciada pela Whitechapel Gallery (Londres), a rede reúne 16 instituições que todos os anos selecionam uma obra de um artista de relevo no seu país, partilhando-a com as restantes entidades parceiras. O conjunto dos trabalhos é depois exibido em cada instituição sob um tema comum, permitindo assim mapear a produção artística contemporânea no campo da imagem em movimento.

Curadoria: Daniela Agostinho. De 4 de outubro a 30 de abril 2018.

PROGRAMAÇÃO ANIVERSÁRIO

Dia 4 de outubro Moullinex lança HYPERSEX no MAAT

No dia 4 de Outubro, no âmbito das comemorações do primeiro aniversário do MAAT - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, Moullinex, o alter ego do produtor, DJ e músico Luís Clara Gomes, apresenta o seu terceiro álbum, HYPERSEX, no Project Room do MAAT, num evento que cruza música, artes visuais e performativas.

Muito mais do que o lançamento do mais recente álbum de Moullinex, HYPERSEX será uma celebração coletiva que terá como ponto de partida uma reflexão crítica e criativa sobre a Club Culture como epicentro de um universo de pluralidade cultural e identitária, mas também sobre a forma como a música eletrónica tem sido um grande catalisador e difusor de muitos dos fenómenos culturais, sociais e políticos que marcaram a cultura ocidental dos séculos XX e XXI. Por outro lado, a galeria de arte ou o museu são, de alguma forma, antagonistas do espaço noturno, da «cultura da noite» ou das «cenas» underground e experimentais. O modelo modernista do chamado «cubo branco» apresenta-se como um espaço sagrado de contemplação silenciosa e solitária, enquanto a discoteca aparece como um espaço de excesso sem limites, de sexualidade e desejo, uma zona de refúgio e despersonalização onde o real se confunde com o imaginário e o fantástico[1] .

YPERSEX é também uma reflexão sobre a forma como os artistas têm trabalhado o tema da cultura da noite e da música eletrónica, olhando para ela como uma manifestação de escapismo, de um desejo utópico de resistência,  evasão da monotonia da vida quotidiana, às violências da discriminação sexual, de classe e de género. Por tudo isto, a realização desta ação no MAAT — com o apoio curatorial da curadora do museu, Inês Grosso — é particularmente relevante e inovadora no contexto artístico nacional.

O Project Room será assim convertido num espaço multidisciplinar e alternativo — uma pista de dança improvável, ocupada por uma série de objetos artísticos e documentais produzidos por vários artistas, designers gráficos e ilustradores: Bráulio Amado, Tiago Evangelista, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, Carolina Pimenta, Lorde Mantraste, Gonçalo Duarte, Sonja, Rudolfo, Oscar Rana, Hell Yeah, Mauro Ventura, entre outros.

Abrindo com um espetáculo inédito de Moullinex às 23h, durante o qual será apresentado em primeiríssima mão o novo disco, seguir-se-á depois uma maratona de DJ sets até às 8h da manhã, do dia 5 de outubro, hora em que o MAAT abre as portas ao público diurno com entrada gratuita e uma série de atividades, entre as quais se inclui a exibição (no Project Room, entre os vestígios da noite anterior) de três filmes especialmente escolhidos, dos artistas e realizadores Michael Smith&Mike Kelley, Luiz Roque e Edgar Pêra.

4 de outubro:

23h00 - Espetáculo ao vivo de Moullinex

Entre os convidados especiais, destacam-se as performances de Ghetthoven, que vestirá a pele de vários personagens num momento que cruza as tecnologias de Realidade Virtual e Realidade Aumentada com a história da pista de dança e a apresentação de Velvet N’Goldmine de Aurora Pinho. As performances serão seguidas por um ciclo de DJ sets protagonizado por conhecidos nomes do panorama nacional que se estenderá até às 8h da manhã.

5 de outubro - Open-Day MAAT

8h da manhã – Terminam os DJ sets

das 11 às 13h - Edgar Pêra, Delírio em Las Vedras (2017)

das 13h às 16h - Luiz Roque, Ano Branco (2013)

das 16h às 20h - Michael Smith&Mike Kelley, A Voyage of Growth and Discovery (2009)

Open Day: entrada livre em exposições, conversas, visitas e oficinas

A festa continua dia 5 de outubro, entre as 11h e as 19h (novo horário do museu) num Open Day aberto à cidade. Durante este dia, a Central e O MAAT estão abertos e com entrada livre e com uma programação de atividades, também estas gratuitas. Há duas visitas às recém-inauguradas exposições Quote/Unquote (com a curadora Gabriela Vaz-Pinheiro) e Artists’ Film International, uma Oficina para Crianças (Sons Desenhados) e ainda o Percurso Monumental, uma visita que alia o passado e o presente da produção energética e que explora os fenómenos da energia e os novos desafios ambientais. O dia termina com uma conversa entre o artista Bill Fontana e a produtora criativa e escritora Ariane Koek, sobre viagem artística de Fontana pela a arte do som.

[1] BAINES, Josh, Can Club Culture Ever Really Be Reflected in Contemporary Art? Mapping the relationship between contemporary art and club culture, in Thump - canal de música e cultura eletrônica da VICE (2015)

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