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FUSO - um festival a olhar para a geografia ibero-americana

Até domingo, uma seleção de vídeos em português e espanhol espalha-se por Lisboa

Imagem retirada de uma das obras do artista brasileiro Paulo Bruscky [Direitos Reservados]

Em ano de Lisboa Capital Ibero-Americana, a 9ª edição do Festival Fuso - Anual de Vídeo Arte Internacional de Lisboa 2017 faz zoom sobre Portugal, Espanha e América Latina, em projeções espalhadas por vários locais da cidade até domingo. O brasileiro Paulo Bruscky, pioneiro da vídeo arte nos anos 60, é o homenageado.

Natural do Recife, o artista, nascido em 1949, trabalha vários meios. "É um dos pioneiros da arte postal", como refere a coordenadora de programação do Fuso, Rachel Karmon, primeira programadora do Carpe Diem, brasileira de origem polaca, explicando que a escolha de Paulo Bruscky foi da curadora Cristiana Tejo, que partilha naturalidade com o homenageado, além de se dedicar ao estudo do seu trabalho.

Quatro obras de Bruscky serão exibidas no domingo, às 22.00, no Museu da Marioneta: Poema (1979), Xeroxfilme: LMNUWZ, fogo! (1980, Xerofilme: Aépta (1982) e Via Crucis (1979). A estas juntam-se os trabalhos dos artistas contemporâneos Gabriel Mascaro (Sonho de Deriva,2013), Jonathas de Andrade (O Levante, 2012) e Bárbara Wagner e Benjamin de Burca (Faz que Vai, 2015), num diálogo entre o passado e o presente que é também é premissa da Capital Ibero-Americana.

Aos curadores, nove ao todo coube encontrar trabalhos inéditos ou pouco conhecidos para o festival. Rachel Karmon dá o exemplo da escolha de Miguel A. López focada na produção da América Central, "de países que na Europa se conhece mal", como Panamá, Guatemala ou Honduras. "E mesmo no México é o México "voltado para o sul". Estas obras - uma compilação intitulada A Terra do Meio - podem ser vistos no jardim do Museu de História Natural e da Ciência no sábado, às 22.00. Outro exemplo, a Península Ibérica de Emília Tavares, conservadora de fotografia e novos media do Museu do Chiado, com obras dos portugueses Pedro Barateiro, Vasco Araújo, Ângela Ferreira e Mauro Cerqueira em diálogo com os espanhóis Maria Ruído, Pular Albarracin, Valeriano López e Lois Patiño. Chama-se A Classe dos Povos Extintos e passa na sexta-feira no jardim do Museu de Arte Antiga, às 23.15.

Para lá destes locais, o Fuso - Anual de Vídeo Arte Internacional de Lisboa passa pela Travessa da Ermida, Museu Nacional de Arte Contemporânea e Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, onde hoje , a partir das 21.30, são mostrados os 24 selecionados pelo júri do festival na Open Call. Os trabalhos destes artistas são candidatos ao prémio de aquisição MAAT e ao prémio do público em parceria com a Restart, que consiste na utilização do espaço e equipamento desta escola. Os vencedores são conhecidos na noite de domingo no Museu da Marioneta.


in Diário de Notícias | 23 de agosto de 2017
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Diário de Notícias

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