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As artes em festa no 12º aniversário do Centro Cultural Vila Flor

O Centro Cultural Vila Flor abre temporada a comemorar 12 anos, com destaque para a companhia belga Peeping Tom que se apresenta a 17 de setembro, e revela destaques da programação dos próximos meses.


Setembro, mês que assinala os 12 anos do Centro Cultural Vila Flor, é prenúncio de celebração artística com lastro até ao final do ano. Para abrir da melhor forma a temporada 2017/2018, os jardins do CCVF convocam-nos para a 11ª edição do Manta a 01 e 02 de setembro que, este ano, recebe os carismáticos Dead Combo em formato trio, uma rara aparição da cantora Lula Pena, o universo encantatório de Noiserv e a artista canadiana em ascensão Lydia Ainsworth. A 17 de setembro, data que marca a abertura do CCVF, todas as atenções se viram para o regresso da conceituada companhia belga Peeping Tom, com o seu mais recente espetáculo “Moeder” (Mãe), internacionalmente aclamado pela crítica.

A programação estende-se mês adentro, dia 23 com “O Pato Selvagem”, obra de Ibsen encenada por Tiago Guedes, e dia 30 com “Operários”, de Miguel Moreira e Romeu Runa (Útero). Avançando para o último trimestre do ano, destaca-se na música a 26ª edição do Guimarães Jazz e o segundo tomo do ciclo “SOM de GMR”. Nas artes visuais, novas exposições no CIAJG. No teatro e na dança, relevo para as novas criações do Teatro Oficina, Nuno Cardoso, Raquel Castro, João dos Santos Martins com Rita Natálio e Companhia Paulo Ribeiro, as 3 últimas em regime de coprodução.

As primeiras canções da nova temporada fazem-se ouvir no tapete verde do CCVF que volta a acolher o Manta logo no primeiro fim de semana de setembro. O Manta chega aos 11 anos de existência mantendo intacta a missão de convocar todas as gerações para um só lugar, o jardim do Centro Cultural Vila Flor, vivenciando arte e cultura. No palco, encontraremos artistas da nova geração a par de outros já estabelecidos que dispensam qualquer apresentação.

No dia 01 de setembro, a partir das 21h30, a celebração na relva faz-se ao som das canções sublimes de Noiserv e Lydia Ainsworth. Propostas que nos apresentam a música pop na sua forma mais contemplativa. Se David Santos, reconhecido como Noiserv, vem ao Manta com o seu mais recente projeto, descrito pelo músico como “a banda sonora para um filme que ainda não existe, mas que talvez um dia venha a existir”, já a canadiana Lydia Ainsworth, que tocará em trio, promete revelar por que razão a sua carreira vai ganhando um fulgor internacional cada vez maior. A cantora e compositora sobe ao palco com os temas do mais recente álbum, “Darling of the Afterglow”. Canções simples, mas ao mesmo tempo majestosas e exuberantes. No segundo dia de concertos, à mesma hora, o regresso dos Dead Combo – 10 anos depois da sua presença na 1ª edição do Manta – será certamente especial, desta vez com a particularidade de Tó Trips e Pedro Gonçalves surgirem em formato trio na companhia do baterista Alexandre Frazão. A noite de sábado abre com Lula Pena, artista nascida em Portugal mas criada no mundo, alvo de culto por um crescente número de seguidores, que nesta noite nos traz o seu novo álbum, “Archivo Pittoresco”. A sua voz é inquietante e comovente, o seu estilo na guitarra é único, a sua abordagem é profundamente emocional.

A 17 de setembro, às 21h30, o CCVF celebra o seu 12º aniversário com um espetáculo verdadeiramente marcante, que assinala também o regresso a Guimarães da consagrada companhia belga Peeping Tom, que neste dia levará a sua última criação ao palco do Grande Auditório. “Moeder” (Mãe) é a segunda parte de uma trilogia que se iniciou em 2014 com “Vader” (Pai) – peça a apresentar no CCVF em 2018 – e que fechará em 2019 com “Kinderen” (Filhos). Num espaço cénico hiper-realista, “Moeder” cruza o teatro, a dança e o cinema, para nos levar numa viagem à condição humana. A peça cria conexões que inundam o limite entre sofrimento, luto e festejo, entre manter ou deixar ir, estrutura e loucura. Passado, presente e futuro tentam desesperadamente aguentar o tempo cíclico de um arquétipo da natureza humana: a figura da mãe. Os bilhetes para este espetáculo podem ser adquiridos pelo valor de 12,12 euros, numa alusão ao 12º aniversário do CCVF.

Nesta nova temporada, o teatro desperta às 21h30 do dia 23 de setembro com “O Pato Selvagem”. Um elenco de luxo dá vida ao icónico texto de Henrik Ibsen, escrito em 1884, que surge agora em cena pela apurada visão estética do encenador Tiago Guedes. A peça gira em torno de várias questões morais que a todos assolam e que fazem parte do quotidiano. O que será melhor? Viver em harmonia sob a fina película de uma mentira ou sofrer com a realidade de uma verdade que tudo põe em causa? Considerado por muitos o melhor e mais profundo texto de Ibsen, “O Pato Selvagem” é uma peça carregada de simbolismo, que questiona o significado da verdade nas nossas vidas.

A fechar o mês, a 30 de setembro, às 21h30, Miguel Moreira e Romeu Runa apresentam “Operários”. A assinalar 20 anos de percurso criativo, o Útero liga-se às duas cidades que mais contribuíram para o seu crescimento, Almada e Guimarães. Lugares de uma relação forte com as fábricas e os trabalhadores que diariamente lutam pela vida e sua dignidade. “Operários” é uma homenagem aos trabalhadores fabris que, tal como os artistas, pensam o mundo na sua imensa fragilidade e força de transformação.

Se setembro é fértil em propostas no domínio das várias artes, os últimos meses de 2017 prometem um calendário cultural intenso diversificado. Música, artes visuais, teatro, dança, tudo se conjuga no programa deste último trimestre. O ciclo SOM de GMR propõe uma segunda e última ronda de atuações, com os This Penguin Can Fly (13 outubro), Ana (03 novembro) e Smartini (01 dezembro) no Café Concerto do CCVF. Também na música, em inevitável destaque surge o Guimarães Jazz, que se apresenta para a sua 26ª edição entre os dias 08 e 18 de novembro. A Casa da Memória de Guimarães (CDMG), centro de interpretação e conhecimento, continua a explorar a memória da cidade enquanto território e a memória das pessoas que escrevem a sua existência nesta cidade, em permanência ou de passagem, através da sua programação regular e das suas exposições.

Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) terá novas exposições que poderão ser descobertas pelo público a partir de 27 de outubro. Na área das artes performativas, o Teatro Oficina leva à cena uma nova criação a 28 e 29 de outubro, “Auto das Máscaras”, em relação com a coleção de José de Guimarães patente no CIAJG. A 04 de outubro, o CCVF acolhe uma coprodução no âmbito da rede 5 Sentidos, “O Olhar de Milhões”, espetáculo da criadora de Raquel Castro. Continuando pelas artes de palco, Nuno Cardoso apresenta a 08 de dezembro a sua mais recente criação, “Canas de Senhorim”, um trabalho que completa a trilogia “A vida, a morte e Canas de Senhorim”, numa referência à vila beirã onde nasceu. Uma oportunidade para ver o encenador vestir a pele de intérprete. Saltando para a dança, importa referir duas coproduções do CCVF. A 20 de outubro, João dos Santos Martins apresenta um novo projeto em colaboração com Rita Natálio“Antropocenas”. O movimento dos corpos não esmorece e a 25 de novembro (a Companhia) Paulo Ribeiro traz a Guimarães a sua nova peça “Never Stop Searching, walking with Kylián”, espetáculo criado em homenagem ao importante coreógrafo internacional Ji?í Kylián.

Na nova temporada do CCVF, os espetáculos apresentados nos auditórios passarão a ter início às 21h30 e no Café Concerto às 23h00. Os bilhetes poderão ser adquiridos, como habitualmente, nas bilheteiras do Centro Cultural Vila Flor, da Plataforma das Artes e da Criatividade e da Casa da Memória de Guimarães, bem como nas lojas Fnac e El Corte Inglês, entre outros pontos de vendas, e na internet em www.ccvf.pt e oficina.bol.pt.

De relevar ainda que, na temporada de 2016/2017, o Centro de Criação de Candoso acolheu um total de 25 residências artísticas. O Centro Cultural Vila Flor foi coprodutor de 15 criações e acolheu no seu palco 28 estreias de espetáculos.

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