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Sons para quase todos os gostos no Alive

Começa hoje a 11.ª edição de um evento que mistura com sucesso regressos de grupos populares com novos valores e promessas. Entre dezenas de concertos aqui ficam algumas sugestões.

João Girão/Arquivo DN


Longe vão os tempos - e foi só há dez anos - em que um festival como o Alive oferecia aos espectadores música em dois palcos. O que então era uma programação vasta, se comparado com os festivais da década anterior, parece agora escasso. À 11.ª edição, o evento espalha-se por quatro palcos, um coreto, uma sala e o pórtico de entrada. E não se limita à música. Com passes e bilhetes esgotados há mais de dois meses, conclui-se que a receita está a resultar.

Mesmo sem grandes nomes em estreia - daqueles que enchem estádios -, o festival vende-se como um todo. No ano passado, Chemical Brothers, Radiohead e Arcade Fire fecharam cada noite no palco principal. Agora esse papel cabe a The Weeknd (que se estreia em Portugal), Foo Fighters e Depeche Mode (que repetem a visita ao festival). Quer a banda de Dave Grohl quer a de Dave Gahan e Martin Gore vêm com disco novo na mala e irão demonstrar que não saíram da ala geriátrica. Só por si serão motivo para uma visita ao Passeio Marítimo de Algés, porém seria um erro avaliar o menu do Alive apenas por três nomes, quando há dezenas de outras propostas. Sendo impossível ir a todos, arrisquemos um percurso.

Para começar, nada como um som suave. Gelpi, que é como quem diz música folk em inglês, por um grupo de Porto Alegre. Criada pelos irmãos Bolívar, Pedro e Laura Gelpi, a formação sobe hoje ao palco Heineken às 17.50. Também têm o português como língua nativa, cantam em inglês e têm raízes no folk, embora hoje se apresentem mais elétricos, por assim dizer. São os You Can"t Win, Charlie Brown e começam pouco depois dos brasileiros (18.00) no palco NOS. O vaivém entre um palco e outro continua, porque às 18.50 é a vez do duo canadiano-dinamarquês Rhye e a sua pop irresistível (de um único álbum datado de 2013, Woman) se apresentar no Heineken - e 20 minutos depois chega ao palco principal alt-J. O grupo inglês tem o terceiro disco, Relaxer, acabado de sair do forno, e que toca um pouco em todas as direções musicais. Continuando no palco NOS (22.40), outra banda inglesa merece atenção: The XX, cuja indie pop vive da dinâmica vocal de Romy Croft e Oliver Sim, como se atesta no álbum lançado no início do ano, I See You. Outra direção sonora é apontada pelo canadiano Abel Tesfaye, conhecido como The Weeknd. O homem que tem o R&B como base para se aventurar ora no hip hop ora na eletrónica dá por terminada a ação no palco principal (00.50), mas há outros salões de festa. Indecisão entre a eletrónica do inglês Simon Green (Bonobo) e a do português Pedro Coquenão (Batida), praticamente à mesma hora (1.25 e 1.40), mas às 2.55 os britânicos Glass Animals já não têm outra concorrência que não o cansaço.

Se para o dia inaugural do NOS Alive os sons predominantes do percurso proposto deslizam entre indie pop e eletrónica, amanhã há guitarras ao alto e mais batidas por minuto. Comecemos com duas bandas femininas (e que tocam de seguida no mesmo palco, Heineken), as britânicas Savages (18.45) e as norte-americanas Warpaint (20.10). Curiosidade para ver em que forma se apresenta The Cult no palco NOS (20.30). A banda de Ian Astbury e Billy Duffy tem um disco recente (Hidden City), mas não deixará de revisitar grandes sucessos como She Sells Sanctuary ou Fire Woman. Dúvidas não há de que a dupla anglo-americana The Kills (22.05) e os Foo Fighters (00.00) não terão falta de energia. Duas propostas fora deste universo: Carminho (às 20.20 e 21.40) e Parov Stelar (1.30), fado e eletrónica com samples de swing e jazz.

Para o último dia, as atenções voltam-se para a forma como os Depeche Mode (22.15) misturam os clássicos com os novos temas de Spirit, o surpreendente álbum de intervenção lançado neste ano. A bater no mesmo horário, no palco Heineken, outros regressos aguardados para um público fiel: Fleet Foxes (com o novo Crack-Up) e Cage The Elephant (prestes a lançar registo original). Para início de festa, é experimentar Benjamin Booker (18.45) e para fechar em loucura Peaches (02.30). Haja pernas (e ouvidos).

>> Horários e cartaz completos


por César Avó, in Diário de Notícias | 6 de julho de 2017

Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Diário de Notícias

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