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Museu de Beja vai ser requalificado num investimento de um milhão de euros
Presidente da Câmara de Beja, João Rocha, diz que "o museu é regional, mas de interesse nacional".
O edifício do Convento de Nossa Senhora da Conceição, onde está instalado o Museu Regional de Beja, vai ser requalificado num investimento previsto de cerca de um milhão de euros, anunciou este sábado o presidente da entidade gestora.
"O museu vai ser objeto de obras de requalificação, que irão ser postas a concurso durante o mês de julho", disse João Rocha, presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL).
O também presidente da Câmara Municipal de Beja falava na cerimónia que decorreu no museu para apresentação dos resultados da primeira fase do projeto de valorização do seu acervo, e que contou com a presença do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes.
Em declarações aos jornalistas, após a cerimónia, João Rocha precisou que a CIMBAL vai lançar o concurso público para a realização da empreitada em julho, e estimou que as obras deverão arrancar em 2018. A empreitada, que a CIMBAL irá candidatar para ser financiada por fundos comunitários, vai incluir várias intervenções ao nível da arquitetura do edifício do museu, como a requalificação do telhado e das coberturas, que "têm infiltrações", e das infra-estruturas elétricas, explicou. Posteriormente, numa outra fase e através de nova empreitada, serão feitas intervenções para modernizar o interior do museu e instalar uma nova iluminação cénica exterior.
O museu "é uma riqueza que temos, e vamos aproveitá-la", disse João Rocha, referindo que a CIMBAL vai "valorizar" o museu, e a Câmara de Beja, no âmbito da sua estratégia de valorização do centro histórico da cidade, está também "empenhadíssima" no projeto. Segundo o autarca, "o objetivo é colocar o museu no lugar em que merece estar, porque é um museu regional, mas de interesse nacional", que tem um "vasto e valioso acervo patrimonial", além de estar instalado no Convento de Nossa Senhora da Conceição, um edifício com "valor cultural" e propriedade do Estado.
Na sua intervenção na cerimónia, o ministro da Cultura disse que o Museu Regional de Beja "é hoje um importante repositório da arte" da região, desde a Pré-História até aos finais da Idade Moderna. "Não só pelo que resta" do Convento de Nossa Senhora da Conceição, como "uma notável igreja, obra-prima do Barroco, o claustro e a sala do capítulo, com um extraordinário revestimento azulejar hispano-árabe", mas "sobretudo pelas suas excelentes coleções de arqueologia", as quais são "das mais valiosas dos contextos nacional e peninsular", e de pintura, explicou Castro Mendes.
A gestão do Museu Regional de Beja, também designado Museu Rainha D. Leonor, está a cargo da CIMBAL desde maio de 2015, quando a instituição recebeu aquela competência, o património e os funcionários da Assembleia Distrital de Beja. Segundo João Rocha, desde então já foi feita uma intervenção nas fachadas do edifício do museu, que decorreu no Outono de 2015 e resultou de um protocolo entre a CIMBAL e a câmara local, mas "foi apenas uma das várias intervenções que serão necessárias".
por Lusa in Jornal Público | 19 de junho de 2017
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público