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Festival CUMPLICIDADES anuncia nova Direção Artística e alcança nova distinção internacional
O CUMPLICIDADES – Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa voltará aos palcos e distintos espaços da cidade em março de 2018.
Cumprindo umas das premissas do Festival, a direção artística renova-se, imprimindo assim uma diversidade na programação e perspetivas estéticas complementares.
Na próxima edição, a programação nacional estará sob a alçada da coreógrafa e bailarina Tânia Carvalho. Desde 1997 que apresenta regularmente as suas distintas criações em teatros, festivais, eventos e espaços diversos em várias partes do mundo. Desta vez, decidiu aceitar o convite lançado por Francisco Camacho, fundador e Diretor Artístico da EIRA, estrutura artística que promove o Festival e assegurará a curadoria das co-produções e apresentações dos artistas nacionais. À semelhança das anteriores edições, não haverá uma convocatória específica. No entanto, os artistas interessados são convidados a enviar as suas propostas através do email: internacional@festivalcumplicidades.pt
Já no âmbito internacional, caberá ao artista Abraham Hurtado, de nacionalidade espanhola, coordenar um projeto distinto. Será divulgada uma convocatória para selecionar artistas que integrarão uma co-produção internacional, cuja estreia terá lugar na edição 2018 do Festival Cumplicidades. Abraham Hurtado, diretor artístico do coletivo AADK, será ao mentor durante o processo de criação e o responsável pela coordenação artística do global. Está previsto que esta convocatória se oficialize em junho.
Serão vários os locais de Lisboa a acolherem o festival e a contribuírem, através desta cumplicidade, para uma programação diversificada e dinâmica que abrange as diferentes faixas etárias. Além disso, o Cumplicidades pretende continuar a assegurar a heterogeneidade e a construção de um discurso multicultural, transfronteiriço, plural e inovador.
E como uma boa notícia nunca vem só, o Cumplicidades foi novamente distinguido com o selo EFFE (Europe for Festivals Festivals For Europe) “pelo seu compromisso para com as artes, a comunidade e os valores europeus”. Esta iniciativa da União Europeia visa “criar redes entre as estruturas culturais que organizam estes festivais e também possibilitar um melhor acesso a todos os eventos por parte dos diferentes públicos”. Os critérios privilegiados nesta competição a nível europeu passavam pela inovação, dimensão internacional, integração com a comunidade e excelência artística.
Sobre os Programadores
Tânia Carvalho nasceu em Viana do Castelo, Portugal. Começou aos cinco anos de idade as aulas de técnica de dança clássica e aos 14 técnica de dança contemporânea. Entre 1994 e 1999 passa por três cursos diferentes sendo estes: o curso de artes plásticas da ESTGAD, Caldas da Rainha, o curso da Escola Superior de Dança de Lisboa e o Curso de Intérpretes de Dança Contemporânea do Fórum Dança, concluindo apenas o último. Em 1997 funda a bomba suicida-associação de promoção cultural com colegas e amigos onde permanece até ao fim de 2014. Nesta época frequenta o curso noturno de joalharia da ARCO, Lisboa (1o Ano) e começa a trabalhar regularmente como coreógrafa e intérprete de dança e teatro. Com o decorrer do tempo reduz o trabalho enquanto intérprete e passa a dedicar-se quase exclusivamente ao seu próprio trabalho autoral, algo que lhe desperta mais interesse. Em 2005 e já ativa enquanto coreógrafa fez o curso de coreografia integrado no Programa de Criatividade Artística organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa. No seu trabalho enquanto coreógrafa, destacam-se as peças "Icosahedron", "Tecedura do Caos" e “Xilografia”. Tânia Carvalho desenvolve também trabalhos musicais. Teve aulas privadas de Piano e formação musical com os professores João Aleixo, Diogo Alvim e Youri Popov. Mantém ativo o seu interesse pelas artes plásticas através do desenho. Em trabalho contínuo desde 1997 apresenta regularmente as suas distintas criações em teatros, festivais, eventos e espaços diversos em várias partes do mundo.
Abraham Hurtado (Murcia, Espanha) É performer e artista plástico, tendo colaborado com inúmeros artistas visuais da dança e do teatro em Espanha e internacionalmente. Com outros artistas residentes em Berlim, gere a plataforma artística AADK, com cujos artistas membros apresentou trabalhos em mais de vinte e cinco países na Europa, no México, nos EUA, na Turquia entre outros. A arte que produzem é particular a cada membro adotando porém configurações e estratégias comuns nas suas apresentações. Desde 2012 que Abraham Hurtado dirige o Centro Negra, um espaço para a investigação e criação contemporâneas em Blanca, Murcia (Espanha). O seu trabalho foi apresentado em diversas galerias na Europa, América do Sul e em Centros de Arte Contemporânea tais como La Conservera (Murcia), Moderna Museet (Estocolmo) e o CCCB (Barcelona).
Sobre a EIRA
Desde a sua fundação (1993), a EIRA tem vindo a produzir e promover, nacional e internacionalmente, os espetáculos do coreógrafo português Francisco Camacho. A partir de 1996, a estrutura alargou a sua atividade à produção e promoção de um núcleo de artistas associados à estrutura, pelo qual passaram até hoje, diversos nomes e gerações de coreógrafos e outros artistas portugueses. Atualmente o núcleo de artistas associados à EIRA é constituído por Francisco Camacho, Rafael Alvarez, Mariana Tengner Barros e Tiago Cadete.
www.eira.pt
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