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Caldas da Rainha inaugura Museu Leopoldo de Almeida

A inauguração terá lugar no próximo dia 15 de maio, pelas 16h30, no Centro de Artes do Município. 

Um dos mais importantes escultores do século XX em Portugal, com uma obra pública conhecida dos portugueses, inaugura uma exposição no museu dedicado à sua obra.

Evento i
ntegrado nas comemorações do dia da cidade.

 

Por encontro de vontades entre o Município de Caldas da Rainha e a família de Leopoldo de Almeida, foi concretizado o sonho de criar o museu dedicado à sua obra. Depois de um longo processo, que se iniciou ainda em vida do escultor, em 1968, com a doação do seu espólio ao Município de Lisboa, para a criação de um museu com o seu nome, vicissitude várias vieram a adiar o cumprimento desse sonho durante quase 50 anos, que se concretiza agora num outro século e numa outra cidade.

Caldas da Rainha vem construindo desde 1985, com a inauguração do Atelier-Museu António Duarte, o mais importante núcleo de escultura portuguesa do período do Estado Novo.

O facto de tanto António Duarte como João Fragoso serem naturais desta cidade, criou o contexto para a génese dos ateliers-museus dedicados à sua obra, abrindo o caminho para que duas outras grandes figuras da escultura do século XX viessem a legar às Caldas da Rainha os seus espólios: Barata Feyo, o notável escultor do Porto e agora o grande mestre da escultura de Lisboa, Leopoldo de Almeida.

As circunstâncias particulares da génese deste museu levaram a que a coleção doada pelos herdeiros de Leopoldo de Almeida, seja apenas uma parte do vastíssimo conjunto de esculturas (modelos, desenhos e maquetas) que o escultor produziu, entre os anos 20 e os 70. É uma coleção constituída essencialmente por maquetas e modelos, sobretudo de pequeno e médio formato, de obras que podemos, em muitos casos, admirar em praças e edifícios públicos de norte a sul do país e nas cidades das antigas colónias. São momentos de um processo feito de muitas etapas, que culmina na obra de arte pública, deixando para trás versões da ideia que o escultor vai trabalhando até à sua forma final.
A notável e vasta coleção de desenhos, onde podemos perceber a intimidade do processo criativo, é um das dimensões da coleção que permitirá um melhor entendimento da sua obra.

O Museu Leopoldo de Almeida inaugura com a vontade de ser um ponto de partida para um melhor conhecimento da sua obra, pretendendo assumir um papel importante na investigação, estudo, conservação e exposição do legado de um escultor, que foi obreiro, como nenhum outro no século XX, da construção de um lugar cimeiro para a escultura em Portugal, marcando indelevelmente com isso, a paisagem artística nacional.



Leopoldo de Almeida
Agraciado com o grau de Grande Oficial da Ordem de Instrução Pública (1956 e 1957) e com a comenda da Ordem de Santiago de Espada (1941 e 1970), foi o escultor português que mais encomendas públicas executou durante o período do Estado Novo. Destacam-se, a solo ou em colaboração: o Monumento aos Descobrimentos, a estátua equestre de D. João I ou a estátua do criador da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa; a estátua da Justiça do Palácio da Justiça (Porto); a estátua equestre de Nuno Álvares Pereira, na Batalha; ou o monumento ao Infante D. Henrique, em Lagos. Também da sua autoria é o monumento a António José de Almeida inaugurado em 1937 e uma referência da freguesia do Areeiro e da Cidade de Lisboa.

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