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Festival NOS Alive deste ano está esgotado
A dois meses do festival, que decorre nos dias 6, 7 e 8 de julho no Passeio Marítimo de Algés, já não há bilhetes.
Álvaro Covões ambiciona mudar a história. Que Portugal possa acrescentar à história de Fátima, futebol, fado, um quarto "efe". "O de festivais", diz o promotor do Nos Alive. A 11ª edição, que decorre a 6, 7 e 8 de julho no Passeio Marítimo de Algés, está esgotada. Depeche Mode, Foo Fighters e The Weeknd são os cabeças de cartaz.
O evento tem lotação para 55 mil pessoas por dia e, contas do empresário, 21 mil bilhetes foram comprados no estrangeiro. Menos 11 mil do que há um ano. "Porque os portugueses fizeram a opção de comprar antecipadamente", justificou esta quarta-feira, na apresentação oficial do festival, no Palácio Anjos, em Algés.
Em 2016, o Turismo de Portugal apoiou oito festivais portugueses com uma verba de 250 mil euros para fazer uma campanha de divulgação no exterior. Foram vendidos 60 mil bilhetes. "Para nós, o grande orgulho é que o Nos Alive representa 53% do total". E, economicamente falando, gera um volume de negócios entre os 50 e os 55 milhões de euros, segundo um estudo realizado há um ano por uma aluna italiana da Universidade Nova de Lisboa, a partir de inquéritos a 2200 pessoas que estiveram no Alive.
Crescer está fora dos planos do organizador. "Se aumentássemos a capacidade estávamos a roubar um bocadinho da intimidade, teríamos de ter mais um palco", considera.
Parceria com festival de Madrid e um acãopamento
Na apresentação do festival, o empresário anunciou também uma derradeira alternativa para entrar no Nos Alive: adquirir um dos 100 bilhetes que dá acesso ao cartaz de dia 6 do festival Mad Cool, em Madrid, e ao dia 7 do festival português, dias em que os Foo Fighters são os cabeças de cartaz. Custa 120 euros e está à venda a partir de hoje, quinta, em exclusivo na Fnac. "Para o ano iremos alargar este período, que também visa fixar o destino Portugal", diz Covões.
Este ano, a organização anunciou também uma parceria com Tiago Batel e a sua "creche" para cães. "O ano passado um jornalista queria vir ao festival e não tinha onde deixar o cão. Este ano, temos o acãopamento", divulgou Álvaro Covões. Os animais de quatro patas ficam com os tratadores à entrada e são levados para Sintra. "Há um local onde os podem ver através de uma câmara", promete o empresário.
Questionado sobre alterações no funcionamento do evento, Álvaro Covões admite que estão a trabalhar em formas de tornar a saída do recinto mais fácil. Habitualmente, é necessário fazer a pé um percurso de cerca de um quilómetro, atravessando o viaduto, para cruzar a linha do comboio.
Do tamanho de uma cidade média portuguesa
Durante os três dias do festival, o Passeio Marítimo de Algés tem capacidade tecnológica idêntica a uma cidade média portuguesa como Aveiro, lembra, um ano mais, Rita Torres Baptista, diretora de marca e de comunicação da Nos, sobre a parceria com o festival, antiga de quando o evento se chamava Optimus Alive. À semelhança do que aconteceu há um ano, será disponibilizada uma aplicação para smartphone para ajudar os festivaleiros antes e durante o evento. Através dela, e das redes sociais, serão lançados passatempos e distribuídas cerca de 160 entradas.
Pelos sete palcos do recinto vão passar, além dos cabeças de cartaz, bandas como XX, Imagine Dragon, Alt-J, You Can"t Win, Charlie Brown, The Kills ou The Cult.
por Lina Santos, in Diário de Notícias | 4 de maio de 2017
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Diário de Notícias