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Penafiel: Mosteiro de Paço de Sousa em obras
O início desta nova página da vida do Mosteiro de Paço de Sousa está agendado, simbolicamente, para o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, 18 de abril, terça-feira, às 11h30, com a assinatura, no local, do auto de consignação da empreitada de conservação, salvaguarda e valorização.
O Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa, em Penafiel, vai ser objeto de um amplo conjunto de obras, escavações arqueológicas e trabalhos de conservação e restauro, durante os próximos nove meses, num investimento de meio milhão de euros.
O projeto técnico desta intervenção foi elaborado pelos serviços da Direção Regional de Cultura do Norte, entidade à qual aquele monumento nacional se encontra afeto.
O Mosteiro do Salvador de Paço do Sousa, antigo mosteiro beneditino, uma das maiores referências da arquitetura românica nacional, é um dos 58 monumentos que integra, atualmente, o projeto turístico-cultural da Rota do Românico.
Os trabalhos vão incluir a recuperação das coberturas, a drenagem e desaterro da envolvente, a limpeza e tratamento das paredes, a conservação dos tetos, a instalação elétrica e a requalificação do claustro.
Esta empreitada será acompanhada pela realização de escavações arqueológicas que, em conjunto, representarão um investimento de 386 mil euros.
Oportunamente, serão desenvolvidos também alguns trabalhos de conservação e restauro na sacristia da igreja, que terão como alvo o mobiliário, o retábulo, os caixotões e a pintura mural do lavabo, num investimento de cerca de 114 mil euros.
Todas as intervenções referidas serão cofinanciadas em 85% pelo Programa Operacional Regional do Norte 2014/2020 (Norte 2020), através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, e em 15% pelo Município de Penafiel, no âmbito da operação "Rota do Românico: Património, Cultura e Turismo" apresentada pela Associação de Municípios do Vale do Sousa.
O Mosteiro de Paço de Sousa foi fundado no século X. A atual igreja foi edificada no século XIII e a capela-mor, a sacristia, o claustro e o que resta do edifício monástico datam dos séculos XVII e XVIII. O conjunto foi alvo de intervenções nos séculos XIX (1883 e 1887) e XX (1937-1939).
No interior da igreja encontra-se uma das mais belas peças da escultura românica nacional: a arca tumular de Egas Moniz de Ribadouro, o lendário aio de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal.