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IndieLisboa: Festival faz do cinema português um "ponto de honra"
O 14º Festival Internacional de Cinema Independente terá, de 3 a 14 de maio, 296 filmes, dos quais 45 são portugueses, e um orçamento superior ao ano passado.
Da programação, que é extensa, Miguel Valverde, da direção do IndieLisboa, destacou a maior seleção de sempre de filmes portugueses para as secções competitivas: seis longas-metragens, a maioria em estreia mundial, e 18 curtas-metragens.
Nas longas estão presentes filmes de Jorge Cramez, Rosa Coutinho Cabral, André Valentim Almeida, Miguel Clara Vasconcelos, Pedro Maia e Susana de Sousa Dias. Nas curtas, há filmes de André Gil Mata, Diogo Costa Amarante, Salomé Lamas, Leonor Noivo e Joana Pimenta, alguns já exibidos noutros festivais.
Fora das secções competitivas, a organização destacou ainda dois filmes: Colo, de Teresa Villaverde, que abrirá o IndieLisboa, e Rosas de Ermera, que Luís Filipe Rocha rodou em Timor-Leste, com a família de José Afonso.
"O cinema português está a viver um momento excelente, com premiações inúmeras em festivais (...). Contrariando a tendência que se está a viver em Portugal, com as questões com o ICA [Instituto do Cinema e do Audiovisual], júris e financiamentos, à margem disso, os cineastas pegam nas suas equipas e continuam a arranjar maneira de filmar. Talvez seja por essa perseverança que tenhamos recebido este ano muito mais filmes do que é habitual, pelo menos nas longas", disse Mafalda Melo, programadora, à agência Lusa.
Quando à competição de longas-metragens, Mafalda Melo descreveu-a como "uma proposta talvez mais arriscada, maioritariamente composta por primeiras obras. São filmes muito fortes, muito impactantes, que trabalham em terreno narrativo, mas que estão permanentemente a desconstruir fronteiras".
O IndieLisboa já tinha anunciado antes que os "heróis independentes" desta edição serão o realizador norte-americano Jem Cohen e o cineasta francês Paul Vecchiali - ambos estarão em maio em Lisboa - e que o filme de encerramento seria o documentário I am not your negro, de Raoul Peck, nomeado para os Óscares, sobre a obra inacabada do escritor norte-americano James Baldwin, Remember This House.
por Lusa, in Diário de Notícias | 5 de abril de 2017
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Diário de Notícias