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Genet por Marco Martins no arranque de trimestre de luxo no Constantino Nery
Programação do teatro municipal inclui a estreia do novo espetáculo do TEP e da novíssima Companhia de Dança de Matosinhos. Mas também haverá teatro galego, os festivais Dias da Dança e FITEI e a chegada ao norte, de um dos grandes espetáculos do ano passado no D. Maria II.
“As Criadas”, de Jean Genet, com encenação de Marco Martins e interpretação de Beatriz Batarda, Sara Carinhas e Luísa Cruz, foi um dos grandes espetáculos de 2016 no Teatro Nacional D. Maria II. Chega finalmente ao Norte do país no próximo sábado, 8 de abril, abrindo a programação do Teatro Municipal de Matosinhos-Constantino Nery para o segundo trimestre de 2017.
Da tradução do texto, realizada pela poetisa Matilde Campilho, ao desenho de luz a cargo de Nuno Meira, a produção de “As Criadas” liderada por Marco Martins está cheia de motivos que a aconselham vivamente, tendo esgotado a sala estúdio do teatro nacional lisboeta durante a temporada que ali realizou no final do ano passado. O espetáculo promete controvérsia, drama e emoções fortes, num cenário que lembra um local de combate. O texto de Genet tem por base um caso real em que duas criadas assassinaram a patroa em Le Mans, nos anos 1930.
Para 20 de abril está marcada a estreia absoluta do mais recente trabalho do Teatro Experimental do Porto, “O grande tratado de encenação de António Pedro”, que evoca o “Pequeno Tratado da Encenação” escrito em 1962 pelo fundador do TEP. A partir da obra, Rui Pina Coelho construiu uma situação dramática onde, no Portugal dos anos 1950, três jovens discutem a utopia de um país novo, como se de um novo espetáculo de teatro se tratasse. Com encenação de Gonçalo Amorim, a peça, que estará em cena até 23 de abril, traz ainda um elenco composto por Sara Barros Leitão, Catarina Gomes e Paulo Mota.
Depois, entre 27 de abril e 13 de maio, passará também pelo Constantino Nery a segunda edição do festival Dias da Dança, que traz, entre outros, “Terça-feira: Tudo o que é solido dissolve-se no ar”, coreografado por Cláudia Dias e considerado um dos melhores espetáculos do mês de abril pela revista Time Out Porto.
A 1 de maio regressa a Grande Pesca Sonora, o projeto que a Orquestra Jazz de Matosinhos leva a cabo com a comunidade escolar do concelho. A 20 chega da Galiza “A Cabeza do Dragón”, um clássico de Ramón María de Valle-Inclán com encenação de Quico Cadaval, outro nome grande do teatro galego. Seis dias depois, a 26, passa por Matosinhos outro clássico, desta vez norte-americano: “Por Amor”, de Sam Shepard, com encenação de António Melo.
Para junho, entre os dias 11 e 14, está agendada a passagem por Matosinhos de dois dos espetáculos do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI), cabendo ao Constantino Nery acolher “Casco Azul”, dos chilenos Teatro Amplio. Antes disso, a 1 de junho, estreia em Matosinhos “Uma Bailarina Espe(ta)cular”, criação a cargo da nova Companhia de Dança de Matosinhos a pensar (também) nos mais pequenos.