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Castelo Branco aposta na cultura para dinamizar a economia

Até ao final do ano, no edifício industrial abandonado vai surgir a Fábrica da Criatividade. Castelo Branco quer ser uma “cidade amiga dos artistas”.

Antiga unidade têxtil dá lugar à Fábrica da Criatividade [Foto: CM Castelo Branco]

Uma antiga fábrica de confeção têxtil abandonada vai dar lugar à Fábrica da Criatividade. Esta é uma das apostas culturais da autarquia de Castelo Branco para dinamizar a região. Em entrevista à Renascença a propósito do Fronteira - Festival Literário de Castelo Branco, o autarca Luís Correia reconhece que “a cultura é economia”.

No seu gabinete de onde é possível ver da janela o Centro Cultura Contemporânea, que agora mostra uma exposição da coleção da Culturgest, o presidente da autarquia explica-nos que o desemprego é o maior problema: Castelo Branco “está numa região de baixa densidade que tem perdido população”. O responsável considera que só consegue “estancar a perda de população com a criação de postos de trabalho” e fala numa “estratégia integrada” que olha para a economia, mas não esquece a cultura.

A ideia de lançar a Fábrica da Criatividade passa por dar vida a uma antiga unidade industrial têxtil na área da confeção que estava abandonada. “Queremos ser uma cidade amiga dos artistas” diz o presidente da autarquia albicastrense que nos explica esperar inaugurar até ao final do ano o espaço de 2.500 metros quadrados que poderá “alojar todos os projetos na área da criatividade, design, teatro, fotografia e da moda”.

A este projeto o autarca associa uma palavra - empreendedorismo. É com ele que também espera “incentivar a criação de postos de trabalho”.

No dia em que em Castelo Branco arrancou a quinta edição do Festival Literário Fronteira, o presidente da câmara fala também desta aposta na área dos livros. O evento que traz à cidade escritores como Rui Cardoso Martins, Fernando Pinto do Amaral, Jaime Rocha ou Álvaro Laborinho Lúcio é já “uma marca forte”.

O autarca sublinha, sobretudo, o papel que o festival tem junto das escolas que por estes dias recebem também os escritores. Esta dinâmica lança “sementes muito fortes que estão a dar resultados”. Segundo o autarca “significa que o festival literário está a cumprir um papel importante no reforço da cultura e promoção da leitura”.

Bordados na Catedral de Manchester

“Tornar a comunidade mais rica e melhor” é um dos papéis da cultura no entender deste presidente de câmara que recorda que ainda há dias comemoraram os 90 anos do artista Manuel Cargaleiro que tem em Castelo Branco um museu com o seu nome e que legou à cidade a guarda do seu espólio artístico. “Foi o primeiro artista que nos entregou o seu espólio”, lembra Luís Correia que destaca também o papel do Centro Cultura Contemporânea de Castelo Branco que com “as exposições fortes e boas que tem tido tem trazido visitantes” à cidade.

Mas Castelo Branco vira-se também para fora no que à cultura diz respeito. Para daqui a uns meses está a ser preparada uma exposição dos tradicionais bordados de Castelo Branco na Catedral de Manchester no Reino Unido. O autarca explica à Renascença que “há muito tempo que definimos o bordado de Castelo Branco como o principal património cultural” da região.

Para valorizar esta arte está a ser acabado de construir um “centro de interpretação do bordado de Castelo Branco”. Outra das propostas é levar o bordado até “novas utilizações”. Uma delas é a moda, a outra é a arte. Daí a resposta ao repto da artista Cristina Rodrigues que chegou “em boa hora”.

Através desta artista plástica os bordados vão viajar até Manchester onde serão expostos na Catedral. Trata-se de “um projeto artístico” que ajudará a “levar Castelo Branco por esse mundo fora” porque haverá depois itinerâncias por outras paragens.

“Prevista para setembro” esta exposição não está, contudo, pensada passar por Portugal, mas “há vontade dos responsáveis da catedral de a levar por esse mundo fora”, acrescenta o autarca.

 


por Maria João Costa, in Renascença | 30 de março de 2017
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença

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