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"Quincas Borba"
Pessimismo, sonhos, crítica e ironia num divertido romance de Machado de Assis.
Dez anos depois de «Memórias Póstumas de Brás Cubas», Machado de Assis recupera uma personagem e dá vida a um novo e divertido romance com o seu nome. Quincas Borba é o 16.º título da coleção de Clássicos da Guerra e Paz e chega às livrarias a 18 de janeiro.
«AO VENCEDOR, AS BATATAS!»
Rubião, modesto professor de província, herda uma fortuna do filósofo Quincas Borba. Mas com a riqueza vem igualmente a loucura do seu amigo. Dissipa a fortuna em ostentação e em ajudas à trupe de oportunistas que o rodeiam assim que chega ao Rio de Janeiro. O amor e a loucura surgem de mãos dadas, entre a ambição social e um amor não correspondido. Perdido num mundo que não entende, Rubião acaba sozinho, e os parasitas ascendem à sua custa. No fim, triunfam os fortes, dando razão ao lema de Quincas Borba: «Ao vencedor, as batatas!» Este é o grande trunfo de Machado de Assis, sugerir as coisas mais terríveis da maneira mais cândida.
Um romance essencial na língua portuguesa, um autor injustamente esquecido, que ombreia com Eça e Camilo.
Machado de Assis. Filho de pai carioca e mãe açoriana, um dos maiores nomes da literatura do Brasil, José Maria Machado de Assis, nasceu no Morro do Livramento, no Rio de Janeiro, em 1839.
Depois dos primeiros poemas, publicados na imprensa, segue-se uma profusa obra, que abarca os mais diversos géneros: crónica, conto, romance, teatro, crítica literária. Em 1864, edita Crisálidas, o primeiro livro de poesia, e, em 1872, Ressurreição, o primeiro romance.
Inicialmente, as suas obras possuem características românticas, mas é no Realismo que se distingue, com romances como Memórias Póstumas de Brás Cubas (1880), Quincas Borba (1891) ou Dom Casmurro (1889), ao dar espaço à análise psicológica das personagens, aos seus desejos e necessidades, qualidades e defeitos.
Morreu na madrugada de 29 de Setembro de 1908, em casa, no Rio de Janeiro, aos 69 anos.