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De Pomar a Eunice: retratos do artista quando jovem

No centésimo aniversário da publicação de "Retrato do Artista quando Jovem", de James Joyce, pedimos a cinco portugueses que traçassem o seu.

Gerardo Santos/ Global Imagens Filipe Amorim / Global Imagens Manuel de Almeida / Lusa Gerardo Santos/ Global Imagens Gerardo Santos/ Global Imagens

 

"Já viu touradas? O touro quando entra na arena vem meio tonto, atira-se a torto e a direito. Assim era eu. Eu era o tourinho que entrava na arena. Ficava estonteado pelo espetáculo do mundo."Em breve, Júlio Pomar fará 91 anos. Está sentado no seu ateliê; cabelos e barbas brancas. Quem não o conhecer e acreditar em tais coisas, pode julgá-lo um feiticeiro.

Exatamente há cem anos James Joyce publicava o Retrato do Artista quando Jovem (Portrait of the Artist as a Young Man), seu primeiro romance, uma obra de formação (Bildungsroman), em que Stephen Dedalus de menino se faz artista, quando rompe com o que está para trás e o vemos "próximo do coração bravio da vida" - lê-se na obra publicada a 29 de dezembro de 1916.

Júlio Pomar a trabalhar em Paris em 1979   |  JORGE MARTINS

Pedimos a Pomar que trace o seu retrato quando jovem. "Ah, isso seria engraçado", responde o artista. Em menino, vê-lo-íamos "de rabo para o ar, a fazer bonecos em todos os papéis que apanhava". "Era uma criança muito metida comigo, que se refugiava no gosto e na prática quase que excessiva do desenho. Esses bonecos, de uma maneira geral, eram muito pouco inventivos: eram relativos a coisas que eu via, bonecos de jornais, tentativas de copiar, tinham pouco a ver com o fantasioso que normalmente hoje se aprecia no desenho das crianças: a ingenuidade, a fantasia..." Mas quando os adultos pediam ao menino para lhes fazer a caricatura, estas "eram sempre pouco parecidas".

Depois - e "contrariamente à voz corrente, que dizia que o menino tinha muito jeito para o desenho" - veio "uma aprendizagem lenta e difícil", mesmo que permanecesse sempre uma obsessão. Velázquez, diz, ensinou-lhe mais do que todos os professores de desenho que teve. "Olhe que não é fantasia. Parece uma literatice barata mas não é. Porque no fundo o que está por trás do desenho, mais do que a mão, é o olho e a capacidade de de absorção, é a sede que está por trás. O Da Vinci dizia que a pintura é cosa mentale. Olha a novidade..." diz, irónico.

O "tourinho" foi, "muito devagar", aprendendo a focar-se: "Eu penso que ainda dura." Até porque, perante o mundo, ainda se sente a entrar na arena: "Ai, sim, sim. Ainda me sinto assim, estonteado por aquilo que o ver me revela."

"No fundo, aquilo que sempre me atraiu acima de tudo é ver as possibilidades que há. Fazer riscos num papel ou pôr cores numa tela e ver o que é possível dar, obter ou dizer." E nunca encontrou, ao longo dos anos, um limite para as possibilidades do traço, da cor, ou da forma. "Pelo contrário. É o que acontece com os desportistas, que correm não sei quanto": descobrem que conseguem correr mais. Mas, avisa, "nunca há histórias garantidas, estamos sempre em risco". Desde jovem que o sabe. Perguntamos-lhe como se reage a esse risco e ele, veloz, desconcertante com o seu semblante de amável feiticeiro, lança: " A pergunta é estúpida: reagindo. Criando um certo vício de não aceitação. É uma tecla, nós somos como um piano, temos muitas teclas cá dentro de nós e há algumas que nos esquecemos de usar e elas ficam áfonas."

Quando olha para obras da sua juventude - para quadros como O Almoço do Trolha ou Gadanheiro - "a tendência, quando já não há possibilidade de intervenção, é de o ver como se fosse de outra pessoa. Tal como quando vemos um quadro ou um livro de outra pessoa não vamos intervir, não nos passa pela cabeça ir modificá-los." Perguntamos-lhe em que está a trabalhar agora. "Vai-se rir. Estou a fazer um retrato de família que me foi encomendado por um senhor que tem uma coleção de pintura. Estou sensivelmente há um ano a fazê-lo, quase exclusivamente. O senhor está ansioso. E o quadro vai-se transformando, transformando..." Lá fora chove torrencialmente. Descemos as escadas que vão do ateliê à saída e Pomar torna a sentar-se, sorridente, entre os quadros que pintou, de cada vez, depois da tontura que olhar para o mundo provoca nele.

 

O não "contentinho" Sérgio Godinho

ARQUIVO SÉRGIO GODINHO
Sérgio Godinho teve uma mãe com o curso superior de piano, um pai melómano que trazia discos do estrangeiro - "Franceses, brasileiros, americanos, os Frank Sinatra da vida. Uma vez chegou a casa muito entusiasmado porque tinha ido a Inglaterra e visto o My Fair Lady e trouxe o disco. Eram ambos grandes leitores, e havia ainda uma avó que fora alfarrabista. Os seus dois irmãos nunca se interessaram "por isso" da mesma forma que ele, hoje com 71 anos, que começou "desde pequenino a escrever" histórias de que não se recorda.

Está sentado no sofá de sua casa, em Lisboa. Atrás, a serigrafia de O Príncipe Porco e a Primeira Noiva, de Paula Rego. Fala do passado como se tivesse sido ontem, não ocorre sequer perguntar se é como se falássemos de uma outra pessoa. Se quisermos traçar o retrato do artista Sérgio Godinho quando jovem, nele terá de constar a frase que lhe disse o pai um dia: "Sérgio, tu quando começas uma coisa tens de a acabar." Foi fazendo isso nas canções: não à primeira mas sempre com muito trabalho.

Aos 15 anos comprou a sua primeira guitarra com um trabalho que fez no escritório do pai. "Completamente enfadonho. Acho que é simbólico que ela tenha sido comprada com o meu dinheiro, sabes? Fico muito contente. E comecei a experimentar a tocar, com os acordes e as canções dos outros, numa altura em que apareceram os Beatles, os [Rolling] Stones, e havia o Jacques Brel, o Bob Dylan, importantíssimo. No meio destas pessoas apareceu o Zeca Afonso, e de repente percebi que se podia escrever em português."

Um dia, o amigo e colega de liceu Manuel António Pina - "um grande poeta e uma pessoa extraordinária" - mostrou-lhe On the Road (Pela Estrada Fora) de Jack Kerouac. "Passei-me com aquilo e foi um livro que me fez partir." Tinha 20 anos. Ainda estudou Psicologia durante algum tempo em Genebra. "Sabia que se deixasse de estudar ia ser chamado [para a guerra colonial]. Dois anos depois tornei-me refratário". Tornou-se "uma espécie de vagabundo existencial". "Andei por vários países, trabalhei na cozinha de um barco holandês, fui à Jamaica." Em Paris, gravou o primeiro disco, Os Sobreviventes (1971), que, afirma, "já tinha um universo elaborado e coerente. Tinha 24 anos mas já estava madurinho a esse nível. São canções que eu posso cantar, e de vez em quando canto uma ou duas - o Maré Alta e Que Força É Essa - porque não é como se fosse ainda uma coisa incipiente."

Diz que não foi em busca de material para canções que saiu de Portugal. "Saí porque queria conhecer mundo. Eu recomendo que alguém aos 20 anos se vá embora. A procura é uma resposta em si. Só depois é que comecei a formalizar melhor uma vontade de escrever canções. Foi surgindo como um processo. Andava sempre com a minha guitarra."

Em Mudemos de Assunto, do álbum Campolide (1979), canta ter marcado encontro com a "paz prometida" ainda "na vida". E encontra-a, afirma, mesmo sendo a paz "uma coisa muito precária": "Nunca fui um revoltado, sou inquieto. Não sou contentinho. E também não sou contentinho com o facto de ser uma pessoa com sucesso, de quem as pessoas gostam. Tenho muito respeito, dizem-me coisas na rua que eu acho muito tocantes: 'Obrigada por tudo o que me deu.'"

Em jovem, afirma, já era assim. "Nunca fui vaidoso. Os meus heróis são muitas vezes pessoas desconhecidas, heróis quotidianos. São pessoas que podem não vir nos jornais. Tenho uma canção chamada O Velho Samurai. Fala de um gajo a quem a vida não correu muito bem, já de uma certa idade, mas ele não se queixa. Nem um ai se lhe ouve em vida. Isso foi inspirado num dito samurai que diz: 'O samurai mesmo sem ter comido palita os dentes'."

 

O génio de Eunice Muñoz

Eunice Muñoz em 1966   |  ARQUIVO DN

"Foi o único génio que me passou pelas mãos" disse Amélia Rey Colaço de Eunice Muñoz, que se estreou perante o seu olhar aos 13 anos, no Teatro Nacional D. Maria II. "Minha mestra bem-amada, porque a mim me ensinou todos os primeiros passos", diz hoje aos 88 anos. A expressão "primeiros passos" é sempre relativa para alguém que, filha e neta de atores, começou aos cinco anos. Aos 16 anos passava as manhãs no Conservatório, as tardes a gravar o filme Camões, de Leitão de Barros, e as noites no teatro. "Foi um período muito pesado. Não dei por isso porque aos 16 anos não há peso nenhum. Era assim como um destino que eu tinha de cumprir, nunca pensei mais do que isso. Eu não fui apaixonada pelo que fazia a não ser depois dos 27 anos", conta, num café próximo de sua casa.

As pessoas cumprimentam-na, param para trocar uma palavra. Uma delas diz que a vê todos os dias. "Na novela", explica. Os 27 anos de que falava vieram depois de um intervalo nos palcos: quatro anos em que trabalhou numa loja de cortiça e numa fábrica de material elétrico.

"Tive contacto com o operariado, que me interessava muito. Aprendi que no fundo as pessoas são todas iguais. Os sonhos, os projetos, eram completamente diferentes. Foi muito bom para mim, cresci bastante nesses quatro anos. E ao mesmo tempo foi a aprendizagem, afinal, de que o meu caminho era o teatro. Comecei a levar a minha profissão muito a sério. Fiz uma escolha definitiva." Voltou para representar Joana d'Arc: "um grande papel, uma grande personagem."

Quando fala das suas leituras - Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós herdados da mãe - chega aos "grandes do teatro": "Infelizmente de uma forma quase inútil. Fiz A Noite de Reis [Twelfth Night, de Shakespeare], mas a censura, o nosso grande inimigo durante tantos anos, sacrificou muito a nossa geração. Houve muita coisa que nunca pudemos fazer, e quando podíamos já não tínhamos idade para fazer. É muito triste. No Conservatório havia professores que faziam [à revelia] a leitura do texto. Macbeth, por exemplo. Houve duas peças que eu fiz que foram cortadas no dia do ensaio geral: A Mãe, de Witkiewicz, e O Barão, do Branquinho da Fonseca. Significavam dois meses de trabalho cada uma."

Perguntamos-lhe se ainda se sentia uma miúda quando deixou o teatro - para mais tarde voltar, embora então não o soubesse - aos 23 anos. "Não, porque eu fui mãe muito cedo." Ainda não tinha 20 anos quando foi mãe e viria depois a ter seis filhos. Quinze dias depois de ter um deles estava no palco a representar Leonor Telles [de Marcelino Mesquita, produzida pelo Teatro Nacional Popular]. "É muito violenta a peça, mudava-se de roupa seis vezes. A cena tinha dois planos altos, tinha portanto escadas do lado de trás que eu tinha de subir e descer. Foi a estreia do Nicolau [Breyner]."

 

O "aldrabão" João Perry


João Perry aos 18 anos  |  ARQUIVO JOÃO PERRY

O camarim de João Perry no Teatro Aberto, onde está em cena a peça de Florian Zeller O Pai, tem uma fotografia do Monument Valley tirada por Daniel Blaufuks nessa América para onde partiu aos 31 anos. Hoje tem 76. Viu o Monument Valley várias vezes em filmes de cowboys. Para os ver, roubava moedas de 25 tostões com uma faca cheia de marmelada que entrava na ranhura do mealheiro. Era então o menino que cresceu no teatro, onde lhe davam bombons, filho do ator com o mesmo nome, e que se estreou no teatro aos 12 anos, ainda que quisesse ser arquiteto ou escultor.

João Perry levou as fotografias do seu arquivo pessoal que lhe pedimos para levar. Lá está ele aos 18 anos, aos 28, aos 31. Numa delas faz lembrar o Steve McQueen. Mostra algumas fotografias da temporada passada em Nova Iorque. "Lá está o Nick Nolte, coitado." Porquê? "Porque bêbado, bêbado..." Voltamos a Portugal. "Está aqui o Sérgio [Godinho]", diz, apontando para uma fotografia tirada num espetáculo encenado por si próprio. "As canções eram dele." Depois aparece Beatriz Batarda em Sonho de Uma Noite de Verão, encenado por ele e que, em 2017, tornará a levar em cena, de novo no Teatro da Trindade, conta.

Traçamos o retrato do homem de teatro que também no cinema trabalhou com cineastas como Manoel de Oliveira, João César Monteiro ou Fernando Lopes. "Sempre menti muito bem aos outros. Acho que nós atores somos inatamente aldrabões. Conto-te uma coisa extraordinária, que é mesmo de um maluco."

Era mau aluno - "só era bom a línguas, português e desenho". Para faltar, ia à leitaria beber um copo de água e comia um bolo de arroz de enfiada; ao chegar a casa, vomitava. Um dia, a mãe levou-o ao amigo Bissaya Barreto - "era o médico do Salazar" -, que lhe diagnosticou uma apendicite e o levou para Coimbra. "Não é que eu fui operado e tinha uma peritonite? E não me doía nada, estava a sentir dores imaginárias de uma coisa que tinha mesmo..."

Tudo lhe foi fácil no palco - era só "brincar ali tão bem iluminado" - até aos 18 anos, quando pela primeira vez recebeu uma crítica negativa por Romeu e Julieta. "Desde pequenino que sou um péssimo perdedor", conta. E então as horas de trabalho multiplicaram-se. Para "respirar bem, compreender bem, analisar, ser obsessivo. Porque se a pessoa é obsessiva não descansa enquanto não encontra a parte mais interna da cebola".

 

Alice e a vingança das tias

Alice Vieira aos cinco anos  |  ARQUIVO ALICE VIEIRA

Alice Vieira tem grande parte da sua coleção de mais de 80 presépios espalhados pela sala, onde há uma imagem de Érico Veríssimo. O brasileiro foi a sua grande descoberta no tempo de miúda em que lia sobretudo "os romances de fazer chorar as pedras da calçada" da Coleção Azul, que pertenciam às tias com quem cresceu e que a criaram naquela infância e juventude em que ia dizendo para si: "'Nunca me hei de esquecer disto.' Mas sem objetivo. Não me via a escrever sobre as tias, mas depois os primeiros livros foram a vingança. As tias faziam uma coisa horrível que era estarem constantemente a dizer que não tinham nada que me criar, porque eu tinha mãe, e portanto faziam aquilo por devoção e sacrifício."

Aprendeu a ler e a escrever sozinha. "Deve ter sido por defesa. Nunca me lembro de mim sem saber ler nem escrever. Acho que um dia apareci a saber escrever. E lia tudo: o mau, o muito mau, o muito bom..." A maioria dos livros que lhe vinham parar à mão chegavam com o velório de algum tio da província que se fazia em casa das tias, tirada a mesa de jantar e substituída pelo caixão. "Ninguém me ligava nenhuma, andava por ali à vontade. Para eu estar sossegada, as pessoas davam-me sempre um livro. A minha biblioteca vem dos velórios dos tios. Naquela altura lia-se muito a Condessa de Ségur - estou agora a tentar escrever uma biografia sobre ela -, a Maria Amália Vaz de Carvalho, os contos do Teófilo Braga... Foi assim que comecei."

Jornalista desde os 18 anos, quando entrou no Diário de Lisboa - e seguiu depois para o Diário Popular e para o Diário de Notícias -, não pensou em ser escritora. "Nem nunca me passou pela cabeça. Gostava muito de escrever, escrevia muito, mas nem nunca aquilo me pareceu profissão", afirma, aos 73 anos, no seu habitual tom desembaraçado. "A ideia que eu tinha é que o jornalista nunca estava em casa. E se havia uma profissão onde eu podia nunca estar em casa era mesmo essa que eu queria."

"A escritora começou muito velha. Não fui uma daquelas escritoras que começa a publicar aos 18, 19. E de resto nunca quis ser escritora" diz. Tinha "35, 36 anos" e escreveu Rosa, Minha Irmã Rosa com os dois filhos, e para eles. Mas antes tinha já publicado o livro de poemas De Estarmos Vivos (1964). Mas poemas? "Ah, isso é outra coisa. É tão outra coisa que é a única coisa que eu escrevo à mão." E cita o poeta brasileiro João Cabral de Meto, que foi cônsul no Porto e lhe ligava para um café quando vinha a Lisboa: "Eu faço um poema quando é preciso fazer um poema."

Quanto à sua prosa, que ao longo dos anos tantas raparigas (e alguns rapazes) levou a que lhe escrevessem cartas, diz que, ao começar a escrever, vê as personagens. Vejo uma escada, alguém que sobe a escada, abre a porta e as coisas acontecem. E as pessoas são tão verdadeiras que uma vez eu estava a escrever, acho que era o Chocolate À Chuva, e fui acabar o livro numa casa da família do meu marido, que é ali para a Costa Nova, para Aveiro. Uma praia de pescadores. Não havia nem telemóveis nem telefones. Eu sempre comuniquei muito com a minha filha a continuação da história. Chegou uma altura em que aquilo me passou das mãos e eu matei a personagem. Vim ao café de baixo e perguntei se podia ligar para Lisboa. Estava uns senhores, uns pescadores, a jogar dominó, e eu: 'Olha, é só para te dizer que matei a tia.' E ela: 'Mas porquê?' 'Não sei porquê. Matei-a, olhei para ela estava morta.' E de repente o dominó para. Vejo os tipos todos parados." Haveria de lhes dizer depois que era de um livro que se tratava.


por Mariana Pereira, in Diário de Notícias | 29 de dezembro de 2016

Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Diário de Notícias

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