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Culturgest apresenta a programação janeiro-março 2017

No teatro, iniciamos o trimestre a 21 de janeiro com o espetáculo Pangeia, de Tiago Cadete, uma viagem sonora e visual pelo universo dos irmãos Grimm, em que o palco se transforma num museu imaginário de objetos curiosos, através de sons escutados por auscultadores. 

 

O teatro regressa no mês seguinte com History History History (22 e 23 de fevereiro), de Deborah Pearson, pela terceira vez na Culturgest. A peça explora a falta de ligação entre o pessoal e o político enquanto projeta na íntegra um filme húngaro que devia ter estreado no dia em que começou a revolta de Budapeste. O filme, uma comédia de futebol de 1956, é traduzido livremente por Pearson com resultados hilariantes. Já em março, Thriple Threat – Tripla Ameaça (dias 16,17 e 18), de Lucy McCormick, junta a sátira ao Novo Testamento e ataca a religião e a cultura-pop – a nova religião – de uma forma feroz e cómica. Peça sensação da última edição do festival Fringe de Edimburgo.

Na música, regressam os ciclos ‘Jazz +351’ e ‘Isto é Jazz?’, ambos programados por Pedro Costa. O primeiro ciclo começa dia 27 de janeiro com Afonso Pais e Rita Maria, num concerto à base de voz e guitarra. Em fevereiro é a vez de Ricardo Toscano e João Paulo Esteves da Silva (dia 24), dois músicos em etapas diferentes da carreira, numa junção pouco óbvia, mas surpreendente. O jazz nacional regressa a 2 de março com The Rite of Trio, grupo de jambacore (tendência musical inventada pelos próprios) que olha a música e a performance com humor e teatralidade. No ciclo ‘Isto é Jazz?’, Pedro Costa propõe os escandinavos Ballrogg (30 de março), trio algures entre dois continentes, o jazz europeu e o folk dos Estados Unidos, que se convencionou chamar de Americana.

No fado, o Grande Auditório recebe dois nomes enormes, uma estreia e um regresso. A 27 de janeiro, Aldina Duarte regressa ao sítio onde tudo começou com o espetáculo Fado: a Música e as Palavras. A 25 de março, estreia-se um nome incontornável: Carlos do Carmo.

Como já é habitual, o começo do ano é altura para mostrar música experimental na Culturgest. De 10 a 18 de fevereiro, o festival Rescaldo, comissariado por Travassos, reúne um número impressionante de nomes da vanguarda nacional, cobrindo desde o jazz até à música improvisada, de Susana Santos Silva, Luís Lopes, Bruno Pernadas a JEJUNO, até ao rock das Pega Monstro.

A temporada da dança começa com Climas de André Braga e Cláudia Figueiredo /Circolando (20 e 21 de janeiro), um diálogo intenso entre a dança e o teatro, em que os autores se inspiram no paralelismo entre o aquecimento global e um estado febril. Em fevereiro (dias 24 e 25) a dança À noite todos os gatos são pardos, de Laurence Yadi e Nicolas Cantillon, procura reinventar a perceção e interpretação do movimento coreográfico em condições pouco habituais: quase às escuras. Mais tarde, já em Março, Pedro Ramos e a Ordem do O aprofundam o tema da sintonia, traduzido na comunicação entre os corpos dos intérpretes, procurando, a partir de uma dança abstrata, uma visão erotizada do universo, onde os princípios opostos se cruzam em ciclos de transformação. Coniunctio, a 3 e 4 de março.

Quanto às conferências, os temas são novamente variados: a 12 de janeiro Emanuele Coccia vem discutir e apresentar o livro O Bem nas coisas. A publicidade como discurso moral, uma reflexão sobre a relação do mundo contemporâneo com as coisas que se apresentam sob a forma de mercadoria; Maria Filomena Molder regressa à Culturgest ‘acompanhada’ por Dante, Camões, Drummond de Andrade e Montaigne, num ciclo de conferências que começa a 31 de janeiro e termina a 21 de fevereiro; de 7 a 28 de março Luísa Schmidt questiona a politica ambiental e a ética ambiental atual, em Portugal e no mundo, com o ciclo Justiça Ambiental e Ambiente Justo.

Entre 4 de fevereiro e 30 de abril, recebemos na Galeria 1 um conjunto de novos trabalhos de Alice Creischer, que problematizam a chamada "crise da dívida soberana" em vários países europeus, nomeadamente em Portugal, e as políticas de austeridade que lhes estão associadas. A instalação The Greatest Happiness Principle Party, que tem como campo de referência a crise financeira na Europa durante a década de 1930, oferece um contraponto a esta nova constelação de obras. 

Na Culturgest Porto (18 de fevereiro a 15 de abril), vai estar exposto o trabalho de Otelo M. F, em que o desenho, os objetos e a escultura constituem o núcleo central de uma obra na qual a performance e o ritual se estabelecem como modos de conduzir energias, convocar presenças, articular materialidades. Animismo, primitivismo, xamanismo, metamodernismo, são campos de conhecimento operativo convocados pelo artista num trabalho frequentemente movido pela deceção e pelo sentimento de perda irreversível de um mundo em colapso ambiental (The damage is done) e que perdeu as ligações com o espírito da terra e o conhecimento cultivado pelos antepassados. 

Grafismos de fronteira, de Isidoro Valcárcel Medina, Os meus Álbuns de Família um a um, de Lourdes Castro, e Obras para Televisão (1964-1997) de Jef Cornelis podem ser vistas até o dia 8 de janeiro. Novamente no Porto, ~.{ }.~ de Dorota Jurczak, continua em exposição até ao dia 7 de janeiro. 

Casa de Espanto, a exposição da Coleção CGD, continua exposta no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, até ao dia 5 de Fevereiro. Quarto de Espanto, a terceira e última exposição de um ciclo de exposições que partilham um mesmo tema, uma mesma estrutura e um mesmo objetivo. Como as anteriores, esta exposição parte de uma seleção de peças da Coleção da Caixa Geral de Depósitos para acolher obras inéditas de um artista convidado - Mattia Denisse – e pretende-se não só confrontar a Coleção com objetos de outros universos e de outras idades, mas sobretudo restituir à arte algo que a atual profusão de imagens e o crescente pendor retórico dos discursos contemporâneos lhe vêm anulando: o seu pleno poder simbólico. Depois de Tavira e Bragança, é a vez de Castelo Branco acolher o Espanto

A fechar o programa temos o nosso Serviço Educativo, que proporciona os habituais cursos, oficinas, cinema e visitas, para toda a família. Destacamos Poemas para bocas pequenas (11 e 12 de fevereiro), recital de poesia construído a partir de poemas de autores portuguesas e de visitas ao Cancioneiro Popular Português. O recital está centrado em temáticas que fazem parte do nosso mundo e questões importantes da vivência nesta faixa etária, como a família, a casa, o corpo…

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