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Rui Chafes mostra trabalhos inéditos em "Incêndio"

O escultor e Prémio Pessoa 2015, vai apresentar 25 trabalhos mais recentes, e inéditos, em ferro e bronze. 

O escultor ao lado de Júlio Pomar em 2015  |  Nuno Pinto Fernandes/ Global Imagens

 

De acordo com a galeria, serão apresentadas as séries "Incêndio", com 14 esculturas executadas em ferro, e 11 em bronze, da série que tem como título "É assim que começa".

Num texto sobre os novos trabalhos, Rui Chafes escreve: "Pedes-me para te deixar ir embora, mas acredito que queres ficar. Vejo-te partir, lentamente, sabendo que nos iremos reencontrar mais adiante, num outro lugar, talvez num outro tempo".

"Todos os dias me aproximo desse espaço, mas ainda não consegui vê-lo claramente. Procuro sempre no teu rosto, suave e quase ausente, o caminho que me queres mostrar. (...) Quando, por fim, o delicado e frágil fio de espuma que ainda nos unia se rompe e decides partir, a poeira cinzenta e triste que nos envolvia começa a pousar, revelando as solitárias silhuetas das árvores que se erguem entre as tuas ruínas", continua, no texto sobre as novas esculturas.

"A vida é combustão, ficamos sempre com o que nos resta depois do permanente incêndio. "Já não és tu", diremos nós nesse momento. O lugar está em mim. O céu está em ti", conclui.

Rui Chafes, 50 anos, nascido em Lisboa, onde atualmente vive, foi galardoado em 2015 com o Prémio Pessoa, em 1995 representou Portugal, juntamente com José Pedro Croft e Pedro Cabrita Reis, na 46ª Bienal de Veneza e em 2004 na 26ª Bienal de S. Paulo, com um projeto conjunto com Vera Mantero.

Fez o Curso de Escultura na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, entre 1984 e 1989, e de 1990 a 1992 estudou na Kunstakademie Düsseldorf com Gerhard Merz.

O seu trabalho tem sido exposto em Portugal e no estrangeiro desde meados de 1980, em várias instituições, e há dois anos apresentou a exposição antológica "O Peso do paraíso", no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

A exposição "Incêndio" ficará patente na Galeria Filomena Soares até 18 de março de 2017.

 


in Diário de Notícias | 20 de dezembro de 2016

Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Diário de Notícias

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