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Panteão Nacional celebra centenário, inauguração e decreto de criação

O Panteão foi inaugurado há 50 anos na igreja de Santa Engrácia PEDRO ELIAS

 

O Panteão Nacional, em Lisboa, inaugura esta terça-feira, às 18h30, a exposição Reis e Heróis  Os Panteões em Portugal, evocativa de três efemérides relacionadas com as funções de homenagear grandes nomes nacionais.

A exposição "assinala os 100 anos da escolha da igreja de Santa Engrácia [Alfama, Lisboa] para Panteão Nacional, os 50 anos da sua inauguração e os 180 anos em que, através de decreto [do ministro do Reino] Passos Manuel, se expressa pela primeira vez a necessidade de criação de um Panteão Nacional destinado a celebrar aqueles que se distinguiram por obra digna e elevaram o nome de Portugal na persecução dos ideais da Revolução Liberal de 1820", disse à agência Lusa a diretora do Panteão, Isabel Melo.

A mostra, que estará patente até 7 de maio, está organizada em três núcleos: "O primeiro aborda o conceito de panteão e sua evolução, enquanto lugar funerário de reunião familiar ou corporativo, perfilhado por reis e altas figuras do clero ou da nobreza", um conceito que, com a Revolução Francesa, em 1789, toma "um sentido de monumento laico consagrado a homenagear dos Grandes Homens da Nação", explicou Isabel Melo. "Ainda neste âmbito, é sublinhada a escolha, em 1916, da inacabada igreja de Santa Engrácia para acolher o Panteão Nacional, somando-se a narrativa do atribulado processo de conclusão do monumento", acrescentou.

"O segundo núcleo é dedicado aos cinco panteões reais existentes em Portugal – nos mosteiros de Santa Cruz de Coimbra, Alcobaça, Batalha, Jerónimos e São Vicente de Fora [estes em Lisboa] –, onde se encontram sepultados a maioria dos nossos reis".

"O terceiro núcleo trata dos heróis nacionais que, por obras valorosas mereceram a gratidão da Pátria e a quem foram concedidas honras de Panteão Nacional". Situam-se nesta categoria, entre outros, os escritores Aquilino Ribeiro, Guerra Junqueiro, Almeida Garrett e Sophia de Mello Breyner Andresen, a fadista e poetisa Amália Rodrigues, o futebolista Eusébio e o marechal Humberto Delgado, ex-candidato à Presidência da República. Estão também sepultados no Panteão alguns dos Presidentes da República, como Sidónio Pais, Manuel de Arriaga, Óscar Carmona e Teófilo Braga.

Para a exposição "foram selecionadas peças originais pertencentes a alguns dos mais importantes museus, monumentos e palácios portugueses, que incluem exemplares de pintura, ourivesaria, escultura, têxteis e livros".

Entre as obras expostas, encontra-se um relicário em prata de Santa Engrácia, mandado executar pela infanta D. Maria, filha de D. Manuel I, uma pintura de Nossa Senhora de Belém, de Francisco de Holanda, ou uma cruz-relicário proveniente da igreja de S. Roque, em Lisboa.

O panteão "é um exemplar magnífico da arquitetura barroca portuguesa, salientando-se o jogo luz-sombra, a sua posição face ao rio, a luz do exterior em contraposição à penumbra do interior, a policromia da pedra no interior, a originalidade das paredes onduladas – a primeira solução do género em Portugal –", são elementos salientados à Lusa por uma fonte do monumento. 


in Jornal Público | 13 de dezembro de 2016 

Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público

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