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José Luís Peixoto vence prémio no Brasil com "Galveias"
Romance faz "um mergulho no Portugal profundo, rural, com uma narrativa que alinha personagens emblemáticas desse universo arcaico".
O romance "Galveias", do escritor português José Luis Peixoto, é o vencedor do prémio literário Oceanos, organizado pelo Itaú Cultural, no Brasil.
Peixoto e os outros três autores distinguidos este ano pelo Oceanos - Prémio de Literatura em Língua Portuguesa, os brasileiros Julián Fuks, Ana Martins Marques e Arthur Dapieve, foram escolhidos pelos curadores do galardão, a investigadora Selma Caetano, especialista na obra de Graciliano Ramos, e Manuel da Costa Pinto, jornalista e mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada, pela Universidade de São Paulo.
Os quatro trabalhos vencedores foram apresentados na noite de terça-feira, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo.
Para os críticos que escolheram o romance de Peixoto como o melhor livro do ano, em língua portuguesa, publicado no Brasil, a obra faz "um mergulho no Portugal profundo, rural, com uma narrativa que alinha personagens emblemáticas desse universo arcaico".
No geral, a categoria romance conquistou mais um prémio com "A Resistência", do escritor Julián Fuks, que ficou em segundo lugar.
O volume de poesia "O livro das semelhanças", de Ana Martins Marques, obteve o terceiro lugar, e Arthur Dapieve colocou-se como quarto vencedor, com os contos de "Maracanazo e outras histórias".
Entre os dez finalistas do prémio estava o escritor português, Gonçalo M. Tavares, com o romance "Uma menina está perdida no seu século à procura do pai".
Estes finalistas foram escolhidos por um júri, a partir de uma lista de 50 obras semifinalistas, provenientes de um grupo de 740 títulos concorrentes, dos diferentes géneros - poesia, romance, conto, crónica e dramaturgia.
No ano passado, o prémio Oceanos, em primeira edição, que sucedeu ao Prémio Portugal Telecom de literatura, foi atribuído ao escritor brasileiro Silviano Santiago, de 80 anos, pelo romance "Mil Rosas Roubadas".
in Rádio Renascença, 7 de dezembro de 2016
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença