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Nenhum lugar é vário
No primeiro romance de Mickão C. de Oliveira o Estado Novo, a Guerra Colonial e a Emigração cruzam-se com temas psicológicos como a busca da identidade e da felicidade.
Resumo:
Nenhum lugar é vário conta-nos a história de um ser perdido, sem identidade, que dialoga com quatro personagens (Maria Eulália, o marido dela, Faustino e um passador) marcadas pelas suas vivências, pelos seus traumas. Ao longo desta ficção, o narrador vai rever-se nalgumas atitudes e situações das pessoas com quem conversa, mesmo que nem sempre seja clara para ele essa semelhança. Temas históricos como a Ditadura Salazarista, a Guerra Colonial e a Emigração cruzam-se com temáticas mais psicológicas como a busca da identidade e da felicidade. Um livro violento, cru, que nos dá um olhar sobre o que viveram os Emigrantes e que nos mostra como essas trajetórias ambíguas afetaram as gerações seguintes.
Nenhum lugar é vário é uma ficção que exprime as ânsias do autor franco-português Mickão na sua pós-adolescência e que se inspira das histórias que vivenciaram os seus pais, os seus avós, e alguns emigrantes com quem foi conversando ao longo da sua vida.
Biografia:
(1989/Paris) Mestre em Estudos Lusófonos pela Universidade Paris Sorbonne Paris - IV, Mickão C. de Oliveira trabalhou sobre as representações do emigrante português em França e do imigrante em Portugal na literatura e nos médias portugueses. Em complemento, em 2011, depois de um ano de Erasmus passado na Faculdade de Letras de Coimbra, escreveu o livro Nenhum lugar é vário, a sua primeira obra. Ex-jornalista, dececionado pela profissão, o autor é hoje analista dos média e trabalha para grandes marcas francesas e internacionais.