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Tresminas. Há beleza escondida debaixo da terra (e o mundo pode, finalmente, descobri-la)
Complexo mineiro de Vila Pouca de Aguiar associou-se às minas espanholas de Las Médulas para fortalecer a candidatura a Património Mundial da Unesco.
Está formalizada a cooperação entre o Complexo Mineiro Romano de Tresminas, em Vila Pouca de Aguiar, e Las Médolas, na província espanhola de Leão. O objectivo desta aliança visa “fortalecer e valorizar a candidatura do sítio português a Património Mundial da Humanidade”, explica o presidente da autarquia, Alberto Machado.
"Las Médulas", na cidade de Ponferrada, na província de León, Espanha, foi uma importante mina de ouro durante o império romano, que foi classificada como Património Mundial da UNESCO em 1997.
Em Vila Pouca, sonha-se há anos com a elevação do Complexo Mineiro de Tresminas a Património da Humanidade. Um sonho que pode tornar-se realidade com a parceria estabelecida e que pressupõe “a preservação do património, divulgação e promoção turística e a classificação de Tresminas como património mundial associado a Las Médulas”, indica o autarca.
Já o director-geral de Património Cultural da Junta de Castilla Y León, Enrique Saiz Enrique, revela que “estes territórios mineiros romanos que se encontram na mesma área geográfica do noroeste peninsular se complementam”.
"Portugal tem muitas intenções de candidatura a património mundial. Candidaturas isoladas. A nossa candidatura fica muito mais valorizada, se estiver agregada a um património já classificado", realça Alberto Machado.
O autarca destaca a "importância histórica" de Tresminas, frisando que estas minas a céu aberto “eram geridas directamente pela guarda do imperador”.
A exploração de ouro decorreu ao longo de 450 anos e depois não houve mais intervenções. É por isso, segundo o autarca, um "património arqueológico único" que se preserva desde "há cerca de 2.000 anos".
A candidatura de Tresminas a Património Mundial, que será apresentada em 2017, vai ter coordenação partilhada entre Portugal, através do autarca Alberto Machado, e Espanha, por intermédio de Enrique Martin, director geral de Património Cultural da Junta de Castilla Y León.
por Olímpia Mairos, in Renascença | 17 de novembro de 2016
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença