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Palácio da Pena mostra objetos nunca vistos de D. Fernando II

Um conjunto nunca exposto, de desenhos, gravuras e documentos manuscritos de D. Fernando II, marido da rainha D. Maria II, vai estar patente em Sintra.

Pintura de D. Fernando II

 

A exposição, intitulada "Fernando Coburgo fecit: a atividade artística do rei-consorte", é inaugurada no dia 29 nos aposentos do rei D. Manuel II do Palácio da Pena, antiga residência régia de veraneio, no âmbito das celebrações do bicentenário do nascimento monarca.

"A exposição permite revelar um acervo recentemente adquirido do legado artístico do rei e que se insere num investimento mais vasto de aquisições de objetos históricos destinadas a enriquecer as coleções daquele monumento", destaca, no mesmo comunicado, o presidente do conselho de administração da PSML, Manuel Baptista.

O "numeroso conjunto, nunca exposto, de desenhos, gravuras e documentos manuscritos" foi adquirido em 2012, segundo comunicado texto, hoje divulgado pela PSML, entidade que tem a responsabilidade da gestão do Palácio da Pena, entre outros monumentos e parques do concelho de Sintra,

Além destes documentos, a exposição que estará patente até abril do próximo ano inclui outras peças, destacando-se uma moldura com pratos em cerâmica pintados pelo rei, segundo a mesma fonte.

Da mostra constam, ainda, "algumas doações efetuadas por descendentes da condessa d'Edla, segunda mulher do monarca, e peças cedidas por particulares e instituições, como o Museu Nacional de Arte Antiga, Palácio Nacional da Ajuda, Museu-Biblioteca da Casa de Bragança e, dentro do universo da PSML, do Palácio Nacional de Queluz".

A exposição reabre os aposentos do último rei de Portugal, D. Manuel II, situados no piso nobre do torreão daquele palácio, que foram recentemente restaurados, depois do seu encerramento em 2010.

Os aposentos do bisneto de D. Fernando II "foram alvo de intervenção, tendo sido recuperados os estuques dos tetos, assim como as paredes, janelas e pavimentos".

"Foi dada particular atenção aos vestígios de cor que ainda se puderam encontrar nas paredes, assim como portas e ombreiras, e serão estas cores que se utilizarão, de resto, na musealização permanente das salas", adiantou à Lusa fonte do PSML.

A exposição tem a curadoria de Hugo Xavier, conservador do palácio.

D. Fernando de Saxe-Coburgo e Gotha (1816-1885) foi responsável pela arquitetura do parque de Sintra e do Palácio da Pena, que mandou erguer sobre um antigo convento jerónimo, que adquiriu em 1838, assim como do "chalet" da condessa, dentro do parque, entre outras iniciativas de salvaguarda do património nacional.

D. Fernando assumiu por quatro vezes a regência, na ausência dos monarcas do país, e foram-lhe oferecidas as coroas da Grécia e da Espanha, que recusou por se considerar português, como afirmou publicamente.

O palácio da Pena foi construído sob o olhar atento do monarca, que aproveitou as ruínas do antigo convento e ampliou a construção em 1848, transformando-o em residência de verão da família real.

O palácio e o parque circundante contaram com direção de obra do barão Wilhelm von Eschwege.

Em 1869, 16 anos depois da morte da rainha, realizou um casamento morganático com a ex-cantora de ópera Elisa Hensler, que foi nobilitada pelo duque Ernesto II de Saxe-Coburgo e Gotha, primo de D. Fernando II.


in Diário de Notícias | 21 de outubro de 2016

Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Diário de Notícias

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